T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

• As formas institucionalizadas e objetivadas através da quais os
representantes das instancias coletivas e indivíduos marcam a
existência de determinado grupo social, classe ou comunidade.
A partir do exposto, CHARTIER (1991, p. 183) reconhece duas
possibilidades: a primeira é relacionada "às identidades sociais como resultado
sempre de uma relação de força entre representações imposta pelos que detêm o
poder de classificar e de nomear e a definição, de aceitação ou de resistência, que
cada comunidade produz de si mesma"; e a segunda como a compreensão "do
crédito conferido à representação que cada grupo dá de si mesmo".
Sendo assim, o autor confirma que na primeira via constrói-se a História
que vai além do estudo dos conflitos econômicos e retoma o social sob o ponto de
vista das suas estratégias simbólicas que condicionam posições e relações da
estrutura social.
A pertinência desta opção reside na possibilidade de retomarmos a
operacional idade da análise do fato religioso reconhecendo nas instituições
religiosas e no corpo dos crentes as estratégicas simbólicas de relação e
apropriação do sagrado na suas diversas instâncias.
Nesta situação, o sagrado seria a terceira dimensão teórico-conceitual de
base do presente trabalho.
Sob as ciências humanas, a religião foi apreendida como sistema simbólico
ou superestrutura ideológica. Esta tendência em destaque revela uma secularização
deste campo e um crescente distanciamento do sagrado como categoria.
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