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T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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No âmbito regional e propriamente urbano as relações de poder que<br />

circulam na instituição Igreja católica moldam as características da territorialidade<br />

católica e a quadra <strong>do</strong>s poderes temporal, simbólico, mítico e religioso.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, a Igreja Local sofre as tensões desta rede de poderes que<br />

em determina<strong>do</strong> contexto histórico lhe conferem territorialidades específicas.<br />

O catolicismo se faz plural na diversidade de territorialidades que enseja,,<br />

pois as formas como as Igrejas locais respondem e representam o discurso católico<br />

oficial são diversas. Esta diversidade está relacionada à inculturação <strong>do</strong> discurso<br />

oficial em uma sociedade cosmoreligiosa presente nas grandes cidades. A<br />

identidade católica é uma leitura histórica institucionalmente articulada <strong>do</strong><br />

cristianismo. O que podemos inferir <strong>do</strong> ser católico implica uma relação vital com<br />

uma gama de referências simbólicas que constituem a sua própria representação.<br />

Assim, ao afirmar esta identidade, o católico assume a corporeidade da religião, o<br />

rito, a disciplina litúrgica, a diretriz moral e o <strong>do</strong>gma. Todavia, assumir esta<br />

corporeidade implica na construção de uma representação social específica da<br />

religião. A intensa fragmentação da praxis religiosa individual implica também a<br />

fortaleza da identidade institucional unifica<strong>do</strong>ra. Temos, por assim dizer, uma<br />

representação <strong>do</strong> catolicismo institucional oficial, e outra <strong>do</strong> catolicismo popular<br />

expresso em diversas formas fragmentárias de religiosidade. Há uma articulação<br />

dialética entre estas duas formas que induz uma cultura católica historicamente<br />

estruturada.<br />

Neste contexto, partimos da idéia da existência de uma catolicidade<br />

cultural hegemônica, que como tal revela-se mais aparente em realidades urbanas.<br />

O <strong>Paraná</strong> revela uma proporção decrescente de católicos a partir da<br />

década de 1950, sen<strong>do</strong> que esta mobilidade populacional de relação de pertença<br />

religiosa vai em direção às Igrejas evangélicas, principalmente as de tendência<br />

Pentecostal e neopentecostal, a partir da década 1980 (gráfico 09).<br />

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