T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná
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Com a caracterização de organização universal, o discurso católico<br />
apresenta relações de caráter interno com características de uma racionalidade<br />
funcional. Este atributo funcional <strong>do</strong> discurso evidencia-se na medida em que a<br />
Igreja analisa o passa<strong>do</strong> e prognostica ações para o futuro na perspectiva de uma<br />
sucessão de fatos. No entanto, não são os elementos per si presentes no discurso<br />
que expressam a vontade histórica da Igreja, mas sim as relações entre estes<br />
elementos. O conjunto destas relações é que suscita uma função específica.<br />
Quan<strong>do</strong> analisamos o <strong>do</strong>cumento oficial de Puebla, é a instituição que enuncia<br />
enquanto sujeito, pois é ela que emana poder e é em nome dela que um corpo<br />
consagra<strong>do</strong> o exerce. Sob este ponto de vista, não é a identidade da Igreja como<br />
sujeito da história que podemos interpelar, mas sim as faces das relações que se<br />
estabelecem entre os elementos, os atores sociais que se apresentam enquanto<br />
Igreja e as reverberações de sua ação no contexto.<br />
Os elementos que se fazem Igreja não se apresentam em uma<br />
simultaneidade e sucessão, mas as relações que estes elementos estabelecem<br />
dentro das organizações e destas com outras organizações, obedecem a certos<br />
princípios da própria estrutura.<br />
O discurso de Puebla é a expressão das rupturas dentro da organização,<br />
ao mesmo tempo em que representa, no plano da "descontinuidade, a história da<br />
Igreja.<br />
Vincula<strong>do</strong> à comunidade: "Vive-se a comunhão em núcleos menores: a<br />
comunhão das famílias cristãs nas CEBs e nas paróquias. Realizam-se esforços<br />
para uma intercomunicação das paróquias. (CONCLUSÕES DA III CONFERÊNCIA<br />
GERAL DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANO, Puebla de los Angeles, México,<br />
1979, p. 45)<br />
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