T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná
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(iii) Exclusivismo: apenas uma religião é verdadeira. As outras são<br />
apenas, no melhor das hipóteses, aproximações.<br />
(iv) Inclusivismo (tradição primordial): Todas as religiões participam de<br />
uma mesma essência e em última análise suas aproximações<br />
recaem em uma mesma verdade.<br />
(v) Processo Histórico e Relativismo Histórico: As religiões são meros<br />
produtos da história, com semelhanças e diferenças de acor<strong>do</strong> com<br />
os contextos históricos que as produzem.<br />
(vi) Pluralismo: A verdade é plural, e como tal as religiões apresentam<br />
perspectivas únicas e circunstanciais em múltiplas aproximações.<br />
Podemos considerar que o discurso recente da Igreja pós-Concílio<br />
Vaticano II ainda tende ao exclusivismo, pois, embora se reconheça a busca da<br />
verdade em outras tradições e opções <strong>do</strong> pensamento especulativo, reserva a tese<br />
de ser herdeira da única verdade cristã.<br />
Não houve uma solução, mesmo teológica, para a questão <strong>do</strong> pluralismo<br />
religioso. Sob este ponto de vista, não há no discurso possibilidade de inclusivismo<br />
pois a base de construção ainda é <strong>do</strong>gmática e hierarquizada.<br />
A fragmentação <strong>do</strong> conhecimento e da ação recompõe a possibilidade <strong>do</strong><br />
contradiscurso. A diversificação <strong>do</strong> discurso religioso e filosófico autônomo denota a<br />
redefinição <strong>do</strong> contrato de delegação da<strong>do</strong> ao clero e aos teólogos. Esta crise de<br />
autoridade discursiva solapa a salvaguarda da Igreja como depositária da Verdade<br />
Última.<br />
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