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T - GIL FILHO, SYLVIO FAUSTO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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A identidade religiosa pressupõe uma relação de conteú<strong>do</strong> que escapa a<br />

análise da phisis social 14 pura e simples.<br />

Quan<strong>do</strong> se trata de religiões de origem não-cristã, a relação de diferentes<br />

identidades torna-se mais complexa. A mobilidade entre Igrejas Cristãs não<br />

representa necessariamente uma ruptura com a representação <strong>do</strong>minante. Todavia,<br />

a mobilidade entre tradições religiosas de origens diversas podem com, mais<br />

substância, representar uma ruptura de resistência e até de reestruturação social.<br />

A nossa proposta analítica está baseada na idéia da diversidade da<br />

identidade religiosa, sen<strong>do</strong> que esta identidade possui um caráter primordialmente<br />

institucional. A ação institucional planejada só tem senti<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> reconhecemos a<br />

possibilidade <strong>do</strong> indivíduo de mudar sua relação de identidade.<br />

Uma análise detida reconhece que a ação de expansão e preservação das<br />

instituições religiosas é factível na medida em que comparamos instituições<br />

diferentes que estejam configuran<strong>do</strong> diferentes territorialidades <strong>do</strong> sagra<strong>do</strong> em um<br />

determina<strong>do</strong> espaço geográfico e contexto histórico. A ação institucional<br />

diferenciada repercute em espaços de representação díspares ou mesmo<br />

conflitantes.<br />

14 A phisis social é um logismo que refere-se à materialidade aparente da prática social, ou<br />

seja, a produção das formas materiais da sociedade. Do ponto de vista epistemológico, esta noção foi<br />

redimensionada na abordagem de LEFÉBVRE (1991), onde a produção social das formas materiais é<br />

entendida como uma prática da espacialidade social. Trata-se de um espaço empírico e percebi<strong>do</strong>,<br />

suscetível a descrição e mensuração.<br />

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