12.07.2015 Views

Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseeste está abraçan<strong>do</strong> a mãe, dizen<strong>do</strong> ‘ela é minha’, e já chegou até mesmo a entrar noquarto <strong>do</strong> casal enquanto eles estavam em um momento íntimo.Neste ponto vemos que há rivalida<strong>de</strong> entre pai e filho, na disputa da mãe, o quenão seria negativo, segun<strong>do</strong> <strong>Winnicott</strong> (1982), se esta soubesse impor o limite e se arelação <strong>do</strong> casal fosse saudável e feliz. Então, Lara foi questionada e estimulada a falare pensar sobre o espaço que cada um precisa ter <strong>de</strong>ntro da casa, e que ela precisa <strong>de</strong>ixarisso claro, pois, muitas vezes, os filhos disputam a cama com o pai, para <strong>do</strong>rmir com amãe.No que diz respeita a Rita, esta incomoda a to<strong>do</strong>s com sua vivacida<strong>de</strong>, tanto queprecisa tomar os remédios para ficar mais calma, ou seja, para que fique “morta” comoo resto da casa. A menina reluta em ser medicada, em “morrer”, e então a mandam parafora <strong>de</strong> casa, para que assim não perturbe o pai e os irmãos. Neste senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>sfruta <strong>de</strong>liberda<strong>de</strong> excessiva, fican<strong>do</strong> fora <strong>de</strong> casa na parte da noite, no perío<strong>do</strong> em que a mãeestá estudan<strong>do</strong> na faculda<strong>de</strong>, da 19h00 às 23h00, aproximadamente. Nesses momentos,relaciona-se com jovens bem mais velhos que ela, <strong>de</strong> até 25 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> alguns<strong>de</strong>les usuários <strong>de</strong> drogas. Tanto nos trabalhos projetivos quanto na livre-associação daa<strong>do</strong>lescente, aparece constantemente o me<strong>do</strong> que ela tem da morte.A mãe foi questionada quanto ao fato <strong>de</strong> Rita ficar pelo con<strong>do</strong>mínio a noite, commeninos mais velhos, e alguns usuários <strong>de</strong> drogas. Porém, ela disse que não sepreocupa, já que ela e o mari<strong>do</strong> já conversaram com esses garotos e os instruíram a não<strong>de</strong>ixar Rita fumar narguile, fato que já ocorreu.O pai, só é nota<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> chega droga<strong>do</strong> em casa, fato esse percebi<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>sda casa, e a mãe, por assumir as duas funções <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa (função materna e paterna),está sobrecarregada e já não encontra forças nem para ajudar os filhos a se fortalecerempsiquicamente, nem para continuar a se sustentar como suporte da casa, encontran<strong>do</strong>como válvula <strong>de</strong> escape, os estu<strong>do</strong>s na faculda<strong>de</strong>. Ela vê isto como uma forma <strong>de</strong> umdia po<strong>de</strong>r dar melhores condições aos filhos, livran<strong>do</strong>-se da <strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>, oqual, segun<strong>do</strong> Lara, faz <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> para não <strong>de</strong>ixá-la estudar, pois vê nisso, concretamenteuma forma da esposa se libertar <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>pendência.Há outros fatos relevantes, que a mãe trouxe durante nas sessões, relaciona<strong>do</strong>s afilha, um diz respeito a certa vez, durante uma festa no con<strong>do</strong>mínio que moravam, <strong>de</strong>que um senhor (zela<strong>do</strong>r <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio), ter assedia<strong>do</strong> a menina, fazen<strong>do</strong> com que ela sesentasse em seu colo, e beijan<strong>do</strong> seu pescoço. Rita, na época com 10 anos, contou aospais o ocorri<strong>do</strong>; a mãe a apoiou, disse que iriam processar o homem, porém, o mari<strong>do</strong>Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>115

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!