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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanálisetão maior quanto mais distante for o bebê real <strong>do</strong> imagina<strong>do</strong> pela mãe.(p. 9).Durante o perío<strong>do</strong> puerperal, segun<strong>do</strong> <strong>Winnicott</strong>, é importante que a mulher<strong>de</strong>senvolva a “Preocupação Materna Primária”, essa fase é marcada por umasensibilida<strong>de</strong> aumentada da mãe, fazen<strong>do</strong> com que ela se adapte as primeirasnecessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> filho, nessa fase, a puérpera se preocupa e se i<strong>de</strong>ntifica com seu filho,aban<strong>do</strong>nan<strong>do</strong> temporariamente outros interesses (WINNICOTT, 1956).Através da consignação <strong>de</strong>sta “Preocupação Materna Primária”, a mãeproporcionará o estabelecimento <strong>de</strong> vínculos afetivos <strong>de</strong>la para com o bebê e <strong>do</strong> bebêpara com ela, inserin<strong>do</strong> o bebê no mun<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim, i<strong>de</strong>ntificar-se com o filho é umfator fundamental para o bom <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste.Devi<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s estes aspectos cita<strong>do</strong>s e observa<strong>do</strong>s durante a prática, a escutarealizada neste contexto nos possibilitou a percepção <strong>de</strong> como a relação que a gestanteteve com sua mãe na infância influencia nas fantasias <strong>de</strong>ste perío<strong>do</strong>. Desta forma emalguns casos, á <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r das condições psíquicas da mãe e <strong>de</strong> sua relação com a própriamãe, o investimento no bebê po<strong>de</strong> ser afeta<strong>do</strong>.Portanto, a atitu<strong>de</strong> da mãe para com seus filhos baseia-se em suasprimitivas relações objetais. Segun<strong>do</strong> o sexo <strong>do</strong> bebê, a mãe repetirá,em maior ou menor grau, as relações afetivas da primeira infância queteve com o pai, os tios e irmãos, ou com a mãe, as tias e irmãs.(FELICE, 2000, p. 21).Com a situação <strong>de</strong> hospitalização, a angústia das gestantes diante da privação <strong>de</strong>liberda<strong>de</strong> e da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ativida<strong>de</strong>s antes consi<strong>de</strong>radas rotineirasassim, reduzin<strong>do</strong> a autonomia <strong>de</strong>sta, pu<strong>de</strong>ram ser facilmente verificadas durante aescuta analítica.No <strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s atendimentos também pô<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> que a gestantehospitalizada, fica impedida <strong>de</strong> cuidar <strong>do</strong>s outros filhos e isso lhe causa muitapreocupação e angústia, além disso, muitas vezes esta não realiza os preparativosexternos para a chegada <strong>do</strong> bebê - como preparação <strong>do</strong> quarto, enxoval, chá <strong>de</strong> bebê.Exemplifican<strong>do</strong> esta situação uma gestante verbalizou em atendimento que apesar <strong>de</strong>alguns itens já estarem prepara<strong>do</strong>s para a chegada <strong>do</strong> bebê, para ela ainda faltava algunsitens importantes a serem provi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s, que a seu ver <strong>de</strong>veriam ser organiza<strong>do</strong>s pelaUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>125

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