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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseas gengivas. Ao invés <strong>de</strong> expectativa e imobilida<strong>de</strong>, surge autoconfiançaacompanhada <strong>de</strong> livre movimentação corporal, relacionada àmanipulação da espátula. O bebê está <strong>de</strong> posse da espátula e parecesentir que ela está sob o seu <strong>do</strong>mínio, à disposição <strong>do</strong>s seus propósitos<strong>de</strong> auto-expressão. Estágio 3- O bebê <strong>de</strong>ixa cair a espátula como quepor engano. Se ela lhe é <strong>de</strong>volvida, diverte-se, livran<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>laagressivamente. Em seguida, vai para o chão e diverte-se com outrosobjetos [...]. (Avellar, 2004, p. 75).Po<strong>de</strong>mos notar que é por meio da hesitação que o bebê sente o ambiente, sefamiliariza com ele, para que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estabelecida a confiança e recebida a“autorização” <strong>do</strong>s responsáveis por aquele ambiente e objeto, possa explorá-lo por umgesto espontâneo, que origina uma maneira <strong>de</strong> se colocar naquele momento. Na situaçãoanalítica, analogamente, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que o brincar <strong>do</strong> paciente seja o gestoespontâneo possibilita<strong>do</strong> pelo estabelecimento <strong>de</strong> um setting <strong>de</strong> confiança que não sejainvasivo, antecipan<strong>do</strong> a “colocação da espátula na boca” <strong>do</strong> bebê-paciente.Coloco-me em acor<strong>do</strong> com Khan (2000), para o qual:O conceito <strong>do</strong> “perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> hesitação” acrescenta algo novo ao conceitoclássico <strong>de</strong> resistência conforme o conhecemos <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> Freud.É muito freqüente encontrarmos em escritos psicanalíticosinterpretações da resistência <strong>de</strong> um paciente, quan<strong>do</strong> na verda<strong>de</strong> opaciente se encontra em um “perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> hesitação”, ou seja, em outraspalavras, o paciente está <strong>de</strong> fato tatean<strong>do</strong> para encontrar “uma espécie<strong>de</strong> intimida<strong>de</strong>” na situação analítica, on<strong>de</strong> ele irá aos poucos fazer a suaprimeira contribuição verbal ou gestual [...] (p. 19).O Jogo da Espátula é um paradigma para pensarmos o ritmo e a temporalizaçãoda sessão e a organização <strong>do</strong> processo analítico como um to<strong>do</strong>. Tem começo/hesitação,<strong>de</strong>senvolvimento e fim/perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> finalização.O trabalho <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>manda ou Psicanálise “compartilhada comos pais”Trabalhar com a modulação <strong>do</strong> tempo respeitan<strong>do</strong> o tempo <strong>de</strong> finalização da<strong>do</strong>pelo paciente com a conclusão <strong>de</strong> seu jogo possibilita que este não precise mais usar oanalista, pois a questão transferencial se conclui naquela sessão, com o analistapermitin<strong>do</strong> ser <strong>de</strong>struí<strong>do</strong> pelo paciente (AVELLAR, 2004).Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>17

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