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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanálisesocieda<strong>de</strong>. Em termos psicanalíticos, a gravi<strong>de</strong>z é o falo, muito <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> quan<strong>do</strong>criança, e que agora traz sensações <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong>.O perío<strong>do</strong> gestacional também traz a tona aspectos narcísico, que po<strong>de</strong>m serobserva<strong>do</strong>s na i<strong>de</strong>alização da futura mãe sobre: como serão os aspectos físicos, ascaracterísticas da personalida<strong>de</strong> e, se o bebê se parecerá com a figura materna oupaterna. Dessa maneira, sobre o narcisismo Freud (apud FELICE, 2000) também temsua contribuição em relação à maternida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> afirma que:[...] o narcisismo primário <strong>do</strong>s pais, já aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>, é revivi<strong>do</strong> ereproduzi<strong>do</strong> em seu amor ao filho. A atitu<strong>de</strong> emocional <strong>do</strong>s pais será<strong>do</strong>minada pela supervalorização, o que revela o caráter narcísico <strong>de</strong>steafeto, sen<strong>do</strong> ao filho atribuídas todas/ as perfeições e ocultadas todasas suas <strong>de</strong>ficiências. A criança concretizará os sonhos que os pais nãorealizaram e terá os privilégios que eles não tiveram. (p. 20).A concretu<strong>de</strong> <strong>do</strong> filho se dá com o passar <strong>do</strong>s meses, com o crescimento dabarriga, e com o início <strong>do</strong>s movimentos fetais, o bebê começa a ser cada vez mais realpara mãe, passan<strong>do</strong> <strong>do</strong> simbólico para o real. Os nove meses <strong>de</strong> gestação sãoconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s fundamentais para a organização fisiológica <strong>do</strong> bebê, bem como aorganização psíquica da mãe.Com isso após o nascimento, muitas vezes esta mãe precisará suportar a feridanarcísica <strong>de</strong> possuir um filho que não era o seu i<strong>de</strong>al. Isso po<strong>de</strong> acontecer porquedurante a gestação a mãe tem uma imagem fantasiosa <strong>de</strong> seu filho, ou seja, ela pensa emseu “bebê imaginário”, após o parto ela precisa lidar com o “bebê real”, o que po<strong>de</strong>acontecer como uma <strong>de</strong>cepção para a mãe.Isso ocorre pela distância que existe entre o “bebê real” e o “bebê imaginário”,no entanto, apesar <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>cepção, o contato da mãe com seu filho na maioria das vezestrará um sentimento <strong>de</strong> alívio diante <strong>de</strong> um bebê saudável, já que durante a gravi<strong>de</strong>zexistem fantasias <strong>de</strong> estar geran<strong>do</strong> um bebê malforma<strong>do</strong>.Entretanto, ver que o bebê nasceu “saudável” proporciona um sentimento <strong>de</strong>alívio e tranquilida<strong>de</strong> na puérpera, já nas mães que tiveram uma gestação <strong>de</strong> “alto risco”frequentemente os bebês nascem prematuros e com baixo peso, o que gera na mãe muitaansieda<strong>de</strong>, tal como dito por Carvalho (2006):Nesse contexto, o nascimento <strong>de</strong> um bebê <strong>do</strong>ente ou prematuro é umevento <strong>de</strong> proporções catastróficas, cujo impacto faz-se sentir não sóna vida <strong>do</strong>s pais, como também em to<strong>do</strong> seio familiar. E o impacto éUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>124

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