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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanálisee não se <strong>de</strong>senvolve normalmente. Após a saída <strong>do</strong> pai <strong>de</strong> casa a cliente faz um retorno aeste ambiente mãe e o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação entre elas é tão gran<strong>de</strong> que chega a seruma simbiose.To<strong>do</strong> o processo traumático sofri<strong>do</strong> na infância e parte da a<strong>do</strong>lescência <strong>de</strong> V. évisto como uma invasão no seu processo <strong>de</strong> integração, pois por mais que já houvesseum EU ali presente este eu se <strong>de</strong>spedaça e um falso EU como mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> proteção surgeem seu lugar neste processo simbiótico com a mãe.V. não teve um contexto para a construção <strong>do</strong> seu eu, e a relação com o mun<strong>do</strong>,foi traumática pela invasão feita pelo seu pai. Por conta <strong>do</strong>s conflitos vivi<strong>do</strong>s por V. elaé confusa e não sabe distinguir quan<strong>do</strong> os gestos são seus e quan<strong>do</strong> eles são <strong>de</strong> outro.Como, por exemplo, em relação ao seu relacionamento sexual apresentaimaturida<strong>de</strong> V. diz “eu não queria ter feito sexo e não sei porque fiz, sempre disse paraminha mãe que realizaria o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong>la <strong>de</strong> casar virgem”(sic.)O processo simbiótico entre as duas é tão forte que esta tem as mesmas <strong>do</strong>ençasque a mãe, <strong>do</strong>enças essas que não são <strong>de</strong> origem genética.Até pouco tempo atrás V. ainda <strong>do</strong>rmia com a mãe na mesma cama, penso euque esta atitu<strong>de</strong> era regredida, uma atitu<strong>de</strong> como tentativa <strong>de</strong> retorno a questões <strong>do</strong>passa<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> não po<strong>de</strong> ser protegida e este ato <strong>de</strong> <strong>do</strong>rmir com a mãe agora erasenti<strong>do</strong> por V. como proteção.V. apesar <strong>de</strong> ter um corpo <strong>de</strong> mulher não tem uma relação consigo <strong>de</strong> adulta é<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta mãe e <strong>do</strong>s pensamentos <strong>de</strong>ssa para agir. Desta forma, po<strong>de</strong>-se dizerque V. não é uma pessoa que têm integra<strong>do</strong> o amadurecimento da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e oamadurecimento instintual.Pois no caso <strong>de</strong> V. fica claro que o não amadurecimento da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> fez comque esta não pu<strong>de</strong>sse ter um amadurecimento instintual, ten<strong>do</strong> assim, sérios problemascom sua sexualida<strong>de</strong>, pois por mais que tenha relações sexuais não po<strong>de</strong> sentir estacomo prazerosa, além <strong>de</strong> isso fortalecer o processo simbiótico com sua mãe.Caso 3C. possui 21 anos, e mora somente com sua mãe. O pai vive em uma cida<strong>de</strong> há500 km <strong>de</strong> distância. C. apresenta uma relação <strong>de</strong> simbiose com a mãe, talvez por teremmora<strong>do</strong> apenas as duas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ela tinha <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Este relacionamento évisto como algo perfeito na visão <strong>de</strong> C. que afirma ser muito diferente <strong>do</strong>relacionamento <strong>de</strong> suas amigas com as mães, porque estas brigam, e ela e sua mãeUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>78

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