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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseprepara<strong>do</strong> para receber as surpresas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> externo. A mãe por sua vez, será zelosa epo<strong>de</strong>rá evitar que invasores <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> exterior ocorram ao bebê antes que esse o<strong>de</strong>scubra <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> natural e sereno. Para a realização <strong>de</strong>sse processo, o bebê precisaráda capacida<strong>de</strong> da mãe <strong>de</strong> prover, e <strong>de</strong> adaptar-se às suas necessida<strong>de</strong>s. Pela i<strong>de</strong>ntificaçãocom a criança, em uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção, a mãe permite que o bebê se mantenhaisola<strong>do</strong> sem ser perturba<strong>do</strong>, ou seja, somente por meio <strong>de</strong> movimentos espontâneos eleexperimentará reações à falha ambiental, <strong>de</strong>scobrin<strong>do</strong> o ambiente sem sofrer uma perdada sensação <strong>de</strong> ser. A partir daí, vai aceitan<strong>do</strong> a intrusão <strong>de</strong>sse ambiente, o qualculminará na instauração <strong>de</strong> um sentimento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> e continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> self, a fim<strong>de</strong> atingir um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental. É neste ponto <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoemocional que po<strong>de</strong>mos evi<strong>de</strong>nciar a personalização como característica <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ego: “O ego se baseia em um ego corporal, mas só quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> vaibem é que a pessoa <strong>do</strong> bebê começa a ser relacionada com o corpo e suas funções”.(WINNICOTT, 1999, p. 58 apud PEREIRA e BERLINCK, 2006).Quan<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> externo for apresenta<strong>do</strong> à criança <strong>de</strong> forma consciente, o bebêcomeça a tornar consciente <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>pendência para com a mãe. Esse processo contínuoconsiste numa relação <strong>de</strong> um com o outro, nas boas condições ambientais e noscuida<strong>do</strong>s com o bebê, estimulan<strong>do</strong> uma sensação <strong>de</strong> segurança e controle.Entretanto, quan<strong>do</strong> a adaptação <strong>do</strong> ambiente falha, e o bebê no seu isolamentofor perturba<strong>do</strong> pela intrusão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, ele apresentará respostas reativas. Segun<strong>do</strong>Pereira e Berlinck (2006), <strong>Winnicott</strong> afirma que essas reações geram distúrbios <strong>de</strong>natureza psicótica. A esquizofrenia surgirá neste primeiro estágio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, apartir <strong>de</strong> organizações psicológicas tais como: adiamentos, distorções, regressões econflitos durante os estágios iniciais, na relação mãe-bebê. Isso nos leva a pensar nobebê como uma subjetivida<strong>de</strong> e uma <strong>de</strong>pendência absoluta <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s. Haven<strong>do</strong>problemas nessa adaptação, o bebê ten<strong>de</strong> a uma cisão, permanecen<strong>do</strong> em seu própriomun<strong>do</strong> interno, não constituin<strong>do</strong> um ego organiza<strong>do</strong> – o bebê atém-se à <strong>de</strong>pendênciaabsoluta e à <strong>de</strong>pendência relativa. Um fracasso da <strong>de</strong>voção materna <strong>de</strong> cuidar <strong>do</strong> bebêpredispõe ao <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento da esquizofrenia infantil. E é exatamente este fracassoque nós encontramos no caso <strong>de</strong> Douglas.ReferênciasPEREIRA, C. A. e BERLINCK, L. C. Pensamento winnicottiano acerca daesquizofrenia infantil. Psicología para América Latina, n. 8, nov. 2006. DisponívelUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>183

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