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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da PsicanáliseCom o casal 2, emergiram as ansieda<strong>de</strong>s persecutórias que busquei nãosustentar. Diversas preocupações foram relatadas especialmente concernentes à escolaregular, on<strong>de</strong> a criança passava por um processo <strong>de</strong> inclusão. Ao mesmo tempo em queo pai salientava as qualida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> menino, a inteligência, a mãe <strong>de</strong>sejava que o filhosaísse <strong>de</strong>ssa escola para frequentar apenas a instituição especializada. Essa família tinhavivencia<strong>do</strong> um evento traumático, com a morte <strong>de</strong> um filho anterior à criança autista.Ao final, o pai perguntou se sua esposa po<strong>de</strong>ria estar <strong>de</strong>primida tanto tempo <strong>de</strong>pois damorte daquele filho, <strong>de</strong>mandan<strong>do</strong> um aconselhamento. As questões associadas ao vazio<strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> por esse filho faleci<strong>do</strong> ainda estavam reprimidas, interferin<strong>do</strong> nos cuida<strong>do</strong>s como filho autista, por exemplo, culminan<strong>do</strong> com a proteção excessiva da mãe e pelascríticas <strong>do</strong> pai à conduta da esposa. A consulta oportunizou que ambos entrassem emuma conversa que parecia não ocorrer na residênciaNo que se refere ao casal 3, falaram sobre os sintomas <strong>do</strong> filho e asdificulda<strong>de</strong>s cotidianas com uma criança agitada e que quebra objetos constantemente.Sentiam-se impedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> viver outras relações que não aquela com a criança. Tratou-se<strong>de</strong> um menino que mobilizava muitas ansieda<strong>de</strong>s no casal e a complexida<strong>de</strong> da situaçãonão <strong>de</strong>ixava espaço para a relação homem/mulher.O casal 4 <strong>de</strong>monstrava intensa ansieda<strong>de</strong>, no momento da entrevista. Contaramsobre acontecimentos que prece<strong>de</strong>ram a gravi<strong>de</strong>z da filha autista, mostran<strong>do</strong> que sequestionavam sobre o que teria provoca<strong>do</strong> as <strong>de</strong>ficiências e o autismo. A mãe aludiu aossintomas da filha e como isso a angustiava, como ela a percebia <strong>de</strong>svitalizada. Porém,tentou enfatizar para o mari<strong>do</strong> as qualida<strong>de</strong>s da menina, quan<strong>do</strong> estabeleceu umacomparação com outras crianças da instituição. Frequentemente, eu tentava chamar <strong>de</strong>volta ao diálogo um pai que parecia distante da conversa que estava sen<strong>do</strong> estabelecidasobre sua filha. Esse casal <strong>de</strong>man<strong>do</strong>u que eu tivesse mais diretivida<strong>de</strong>, pois, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àtensão daquele dia, não traziam muitas associações espontaneamente.O encontro com o casal 5 se <strong>de</strong>u permea<strong>do</strong> pela ansieda<strong>de</strong> e agitação <strong>do</strong> pai, eum semblante triste e <strong>de</strong>sanima<strong>do</strong> da mãe. Naquele momento, emergiram dúvidas <strong>de</strong>ssecasal relacionadas ao diagnóstico da criança, bem como à medicação prescrita pelopsiquiatra da instituição. Contu<strong>do</strong>, a queixa manifesta contra o remédio <strong>de</strong>svelou oinconformismo diante da condição da criança, uma rejeição ao diagnóstico notifica<strong>do</strong>.Os pais, principalmente a mãe, sentiam-se indaga<strong>do</strong>s com relação à educação queprovi<strong>de</strong>nciavam à filha. Tal questionamento vinha tanto por parte <strong>de</strong> profissionais eeduca<strong>do</strong>res quanto pelos familiares e amigos, o que po<strong>de</strong>ria provocar um afastamentoUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>57

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