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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da PsicanáliseCorpo e psicose: uma perspectiva winnicottianaLilian Miranda 8ResumoEste trabalho tem como temática a relação psique-soma e suas configurações na psicose.Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> pressuposto freudiano <strong>de</strong> que o eu se estrutura com base no funcionamentocorporal, discutimos as formulações <strong>de</strong> D. W. <strong>Winnicott</strong> acerca <strong>de</strong> tal estruturação,apresentan<strong>do</strong> o que o autor chamou <strong>de</strong> elaboração imaginativa das funções corporais eprocesso <strong>de</strong> personalização. Destacamos que uma das principais etapas da estruturaçãopsíquica correspon<strong>de</strong> à apropriação pessoal que o recém-nasci<strong>do</strong> faz da anatomia e dassensações corporais gerais, o que requer o suporte <strong>de</strong> um ambiente capaz satisfazer suasnecessida<strong>de</strong>s a contento, sem intervenções que se padronizam como invasão,insuficiência ou imprevisibilida<strong>de</strong>. Nesse processo, a mãe <strong>de</strong>sempenha a primeirafunção <strong>de</strong> espelho, reunin<strong>do</strong> as partes <strong>do</strong> corpo da criança e refletin<strong>do</strong>-as através <strong>do</strong> seuolhar. A partir <strong>de</strong> algumas vinhetas clínicas, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos que problemas no processo <strong>de</strong>personalização po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar formas <strong>de</strong> relação com o corpo marcadas porprofun<strong>do</strong> estranhamento ou ameaça, próprias da psicose. O sujeito experimenta umcorpo fragmenta<strong>do</strong>, que não se apresenta como uma morada confiável para a psique,porque não pô<strong>de</strong> vivenciar as funções corporais e imaginá-las no seu ritmo. Nessaperspectiva, nota-se que, enquanto os neuróticos vivem sob o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> <strong>do</strong>mar os sinais<strong>de</strong> autonomia <strong>do</strong> corpo, os psicóticos se encontram submeti<strong>do</strong>s a uma legião <strong>de</strong> órgãos emovimentos <strong>de</strong>sgoverna<strong>do</strong>s e insubordináveis.8 Psicóloga. Doutora em Saú<strong>de</strong> Coletiva pela Unicamp. Pesquisa<strong>do</strong>ra Visitante da ENSP/FIOCRUZ.Experiência <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência em cursos <strong>de</strong> graduação e especialização da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, supervisão clínicoinstitucionalem serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e trabalho clínico em Centros <strong>de</strong> Atenção Psicossocial –CAPS.Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>22

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