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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da PsicanáliseAo conseguir estabelecer tal relação, o psicoterapeuta <strong>de</strong>ve permitir ao indivíduoque este recupere sua confiança nas relações possibilitan<strong>do</strong> ao indivíduo reviver assituações traumáticas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com suas condições, fornecen<strong>do</strong> uma sustentaçãoemocional mediante o manejo clínico da relação terapêutica.O analista basea<strong>do</strong> na relação <strong>de</strong> holding favorecerá o analisa<strong>do</strong> reviveros esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento primitivo, buscan<strong>do</strong> a criação <strong>de</strong> umreferencial <strong>de</strong> confiança que incite a in<strong>de</strong>pendência e fortalecimento <strong>do</strong>ego <strong>do</strong> sujeito. Do mesmo jeito que agiria a “mãe suficientemente boa”sustentan<strong>do</strong> o seu filho, o analista sobreviverá aos ataques <strong>de</strong> ódio <strong>do</strong>seu analisa<strong>do</strong> e com estabilida<strong>de</strong> emocional aceitará as falhas que lheforem apontadas; somente assim o falso self é enfraqueci<strong>do</strong> e reapareceo sujeito integra<strong>do</strong> (SILVA, 2011).Ao se <strong>de</strong>parar com a falta <strong>de</strong> uma mãe suficientemente boa e <strong>de</strong> um ambientefacilita<strong>do</strong>r, o indivíduo po<strong>de</strong> lançar mão <strong>do</strong> recurso <strong>de</strong> criar um falso self como tentativa<strong>de</strong> se proteger da realida<strong>de</strong> externa causa<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> angústias e <strong>de</strong>sconfiança e que lhecausou a experiência traumática. Vai cabe ao psicoterapeuta proporcionar um ambientefacilita<strong>do</strong>r durante as sessões para que o indivíduo perceba a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se mostrarno setting com todas suas angústias e aflições e, consequentemente, gradativamente<strong>de</strong>sconstruir o falso self que por muito tempo o protegeu das frustações e sofrimentosadvin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um ambiente que falhou diante <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s.Ao <strong>de</strong>sconstruir esse falso self, o indivíduo estará possibilita<strong>do</strong> <strong>de</strong> assumir suascaracterísticas verda<strong>de</strong>iras como sujeito, assim como qualquer tipo <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>emocional. Ao ter acesso a esses conteú<strong>do</strong>s, o indivíduo po<strong>de</strong>rá reagir ao queexperienciou odian<strong>do</strong>, se revoltan<strong>do</strong>, agredin<strong>do</strong>, etc. A vivência <strong>de</strong>stes conteú<strong>do</strong>s atéentão nega<strong>do</strong>s pelo falso self auxiliarão o indivíduo a retomar a linha <strong>de</strong> seu<strong>de</strong>senvolvimento e a viver como um sujeito integra<strong>do</strong> e consciente <strong>de</strong> suas experiênciase possibilida<strong>de</strong>s para lidar com elas.A respeito ainda, das possibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> analista winnicottiano, quan<strong>do</strong> estecomeça a ter maior conhecimento acerca <strong>do</strong> falso self <strong>do</strong> indivíduo,O terapeuta consegue representar <strong>de</strong> maneira satisfatória um bomambiente para adaptação das necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> paciente, além <strong>de</strong>possibilitar ao paciente <strong>de</strong>monstrar o seu verda<strong>de</strong>iro eu (self), tornan<strong>do</strong>viável a este a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> correr o risco <strong>de</strong> experienciar novasvivências (WINNICOTT apud GARCIA et al, 2007, p.124).Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>168

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