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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseintroduziu uma série <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias singulares por um campo mais amplo da ciência dapsicologia, tanto no campo teórico como no campo prático.Felice (2003) nos aponta a respeito da divergência na técnica analítica com oskleinianos que seria uma relativização da importância da interpretação verbal emanálise, juntamente com uma acentuação da relevância <strong>do</strong> brincar, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> valor terapêutico. Klein enfatizou sua clínica na análise <strong>de</strong> crianças a qual, <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com a autora, tem a mesma função da análise <strong>de</strong> adultos: a interpretação <strong>de</strong>fantasias inconscientes. Oliveira (2007) afirma que Klein era contra outras funçõesexpostas por diversos autores; tais como educação e fortalecimento. No caso <strong>de</strong> criançaspequenas, suas fantasias inconscientes são expressas, simbolicamente, através <strong>de</strong> suaativida<strong>de</strong> lúdica, caben<strong>do</strong> ao analista a interpretação <strong>de</strong>stas brinca<strong>de</strong>iras, <strong>de</strong> forma aelucidar as fantasias subjacentes a elas e analisá-las. Qualquer tipo <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira é umpossível continente <strong>de</strong> fantasias e <strong>de</strong>sejos inconscientes.Para <strong>Winnicott</strong> (1975), é somente no brincar que o indivíduo, criança ou adulto,po<strong>de</strong> ser criativo e <strong>de</strong>scobrir seu self. Além disso, é somente no brincar que é possível acomunicação. O autor consi<strong>de</strong>ra que a psicanálise é uma forma altamente especializada<strong>do</strong> brincar, a serviço da comunicação consigo mesmo e com os outros (WINNICOTT,1975). Quan<strong>do</strong> o paciente não é capaz <strong>de</strong> brincar, o terapeuta <strong>de</strong>ve dirigir seu trabalhono senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> levá-lo a conseguir brincar.Fulgencio (2011) afirma que a análise winnicottiana é pensada em termos dasrelações com o ambiente. Nunca se trata, para <strong>Winnicott</strong>, <strong>de</strong> uma relação apenas daperspectiva da dinâmica interna <strong>do</strong> indivíduo, mas <strong>de</strong> um estar-com que caracteriza terum lugar compartilha<strong>do</strong> com o outro para viver. O autor afirma isso basea<strong>do</strong> em suaconcepção <strong>de</strong> que o amadurecimento é uma linha que vai da <strong>de</strong>pendência para ain<strong>de</strong>pendência, saben<strong>do</strong>, no entanto, que a in<strong>de</strong>pendência nunca é absoluta, mas <strong>de</strong>veintegrar a vida social e a vida cultural.Desta forma, <strong>Winnicott</strong>, introduziu os conceitos que <strong>de</strong>nominou “preocupaçãomaterna primária”, “mãe satisfatória”, “mãe <strong>de</strong>dicada comum”, “fase <strong>de</strong> preocupação”,ambiente, objetos transicionais, invasão, regressão à <strong>de</strong>pendência, verda<strong>de</strong>iro e falsoself, tendência antissocial. Além disso, <strong>de</strong>senvolveu uma teoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoinfantil, normal e patológico. Voltou-se para temas da criação <strong>de</strong> filhos, da brinca<strong>de</strong>iraem todas as suas formas, <strong>do</strong> relacionamento da vida individual e grupal, social ecultural, da criminalida<strong>de</strong> e da técnica psicanalítica.Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>29

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