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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanálisecontato com a realida<strong>de</strong> externa. Para esses sujeitos, na vida adulta, pesa o tempo to<strong>do</strong> aameaça <strong>de</strong> perda da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se relacionar, ou em um caso mais grave <strong>de</strong>monstrama fragilida<strong>de</strong> em momentos <strong>de</strong> frustração, dan<strong>do</strong> margem ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<strong>do</strong>ença esquizói<strong>de</strong>. Os casos que aqui apresentamos, falam, se alguma forma da relaçãomaterna, o que nos remetia a pensar sobre a premissa mãe-bebê winnicottiano.Caso 1A paciente CR foi criada pelos avós maternos até os 13 anos, <strong>de</strong>pois disso teve aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver com a mãe biológica, menciona que esta época foi muitosofrida pois se sentia rejeitada pela mãe, que já tinha outros filhos <strong>de</strong> um outrocasamento.A mãe <strong>de</strong> CR tinha um relacionamento com um médico, muito conheci<strong>do</strong> nacida<strong>de</strong> e este era casa<strong>do</strong>. Mantiveram este relacionamento ao longo <strong>de</strong> anos, até que amãe da paciente engravi<strong>do</strong>u <strong>de</strong>ste amante e este quan<strong>do</strong> soube a aban<strong>do</strong>nou.A mãe <strong>de</strong> CR, segun<strong>do</strong> a <strong>de</strong>scrição da paciente, era uma mulher jovem e quegostava <strong>de</strong> viver bem a vida e que não se via pronta para aquela gravi<strong>de</strong>z. Logo que <strong>de</strong>ua luz a CR, a mulher pediu ao pai e a irmã que cuidassem da criança, pois a mesma iriatentar a vida na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro.E assim foi a vida <strong>de</strong> CR, criada pelo avô e a tia até os 13 anos, durante estetempo o contato que tinha com esta mãe era apenas por telefone.Hipóteses e consi<strong>de</strong>rações teóricas <strong>do</strong> casoAs coisas começam quan<strong>do</strong> a mãe introduz na situação mãe-bebê, a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> amadurecimento. A preocupação materna primária, <strong>de</strong>scrito por <strong>Winnicott</strong>, mostra-se<strong>de</strong> fundamental importância para que se inicie o <strong>de</strong>senvolvimento fisiológico epsicológico <strong>do</strong> bebê. Seria a capacida<strong>de</strong> da mãe suficientemente boa, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sviar ointeresse <strong>do</strong> seu próprio, self para o bebê.Embora a paciente <strong>de</strong>scrita aqui, tenha recebi<strong>do</strong> os cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um avô e umatia, só a mãe é conferida uma capacida<strong>de</strong> especial <strong>de</strong> fazer a coisa certa. Esta mãe sabecomo, o bebê esta se sentin<strong>do</strong>, e só a ela é dada a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação com essebebê, e a ele <strong>de</strong>dicar-se prontamente as suas necessida<strong>de</strong>s.O processo <strong>de</strong> acalento, amamentação, a forma <strong>de</strong> segurá-lo e o tempo que seexecutam tais tarefas, dão a este pequeno ser a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu ser contribuin<strong>do</strong>Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>75

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