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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseapontar para ela a gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma garota a<strong>do</strong>lescente ficar fora <strong>de</strong> casa com adultosaté tar<strong>de</strong> da noite, sem que se sabia o que po<strong>de</strong> acontecer com ela, para que possa, assimse fortalecer, apresentan<strong>do</strong> um ambiente seguro para seus filhos.Por meio <strong>do</strong>s atendimentos é possível analisar quão gran<strong>de</strong> é o peso da famíliana formação e no <strong>de</strong>senvolvimento saudável <strong>de</strong> to<strong>do</strong> homem. De acor<strong>do</strong> com Gomes(cita<strong>do</strong> por DE CICCO, GOMES e PAIVA, 2005):Uma das formas <strong>de</strong> o casal entrar em contato com seus conflitos éatravés <strong>do</strong> sintoma <strong>de</strong> seus filhos, que <strong>de</strong>nuncia a dinâmica <strong>do</strong> casal.Tal sintoma constitui um meio auxiliar para os pais chegarem à clínicae se voltarem para o entendimento da dinâmica conjugal. Em muitoscasos, o sintoma <strong>de</strong> um filho po<strong>de</strong> expressar um conflito conjugal e/oufamiliar ou ainda uma <strong>de</strong>sestruturação <strong>de</strong>stas relações (p. 55).Isto fica explícito no presente trabalho, já que o próprio <strong>de</strong>sequilíbrio vivi<strong>do</strong>pelos pais <strong>de</strong> Rita e Fábio, que <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as palavras da mãe, já passaram por umaseparação, interfere no <strong>de</strong>senvolvimento psíquico e emocional <strong>do</strong>s pacientes.A partir <strong>do</strong> exposto po<strong>de</strong>mos pensar que a família apresenta gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong> seus filhos. As crianças respon<strong>de</strong>m ao ambiente <strong>de</strong> forma insegura. Fábio<strong>de</strong>monstra toda a sua fragilida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> afirma ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> e apresenta um sentimento<strong>de</strong> exclusão <strong>de</strong> não pertencimento, assim como Rita quan<strong>do</strong> se vê diferenciada <strong>do</strong>s<strong>de</strong>mais membros, ela está viva e busca situações <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação com membros fora <strong>de</strong>casa.A família apresenta uma <strong>de</strong>sorganização, uma falta <strong>de</strong> estrutura evi<strong>de</strong>nte; sen<strong>do</strong>a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> se pensar em um trabalho específico com cada membro; não apenas com osque já estão em tratamento, mas também com o filho mais velho e com o pai, para quese possa construir ou reconstruir os laços familiares.Sen<strong>do</strong> assim, po<strong>de</strong>mos concluir que, com base na teoria <strong>de</strong> D. W. <strong>Winnicott</strong>, afamília analisada é falha, o que influencia no <strong>de</strong>senvolvimento psíquico <strong>do</strong>s pacientesatendi<strong>do</strong>s. As crianças, como não possuem a tranquilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ambiente acolhe<strong>do</strong>r,precisam preocupar-se com esta mãe fragilizada e com o pai morto. As crianças per<strong>de</strong>ma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer sem se preocupar com o ambiente. Por isso, o processo <strong>de</strong>psicoterapia tenta resgatar um espaço para que as crianças brinquem, joguem, <strong>de</strong>senheme estabeleçam com as terapeutas uma relação <strong>de</strong> reconstituição <strong>do</strong> ser através <strong>de</strong> umambiente facilita<strong>do</strong>r.Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>117

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