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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseanálise clínica e aplicada, ao abordar estes fenômenos que não foram explora<strong>do</strong>s porFreud.De toda forma, a teoria kleiniana ainda enfatizou as questões libidinais eainda consi<strong>de</strong>rava o complexo <strong>de</strong> Édipo como dinâmica central em to<strong>do</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento humano, apesar <strong>de</strong> conceber a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que o complexo <strong>de</strong> Édipoacontece por volta <strong>do</strong>s 2 ou 3 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (1923) e no primeiro ano <strong>de</strong> vida (1926) eem 1927 enten<strong>de</strong> que seria um processo a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>smame. Afirma que o superegoarcaico é cruel, rigoroso e punitivo além <strong>do</strong> componente da agressivida<strong>de</strong> aparecer em<strong>de</strong>staque na fantasia edípica da criança. Para Klein surge um sentimento <strong>de</strong> culpa e umme<strong>do</strong> da punição.Em relação a este ponto <strong>de</strong> vista, afirma Loparic (apud Marchiolli 2010) quenos anos 30, quan<strong>do</strong> o complexo <strong>de</strong> Édipo ainda era geralmente aceito como nuclear,<strong>Winnicott</strong> notou a existência <strong>de</strong> múltiplas formas <strong>de</strong> distúrbios, acompanhadas <strong>de</strong>angústias que não pareciam po<strong>de</strong>r ser enquadradas como “regressões aos pontos <strong>de</strong>fixação pré-genitais”, liga<strong>do</strong>s à “dinâmica provenientes <strong>do</strong> conflito <strong>do</strong> complexo <strong>de</strong>Édipo plenamente <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>” (p. 74). <strong>Winnicott</strong> concluiu: algo estava erra<strong>do</strong> emalgum lugar... Então vejamos algo sobre <strong>Winnicott</strong>.<strong>Winnicott</strong>, médico que em sua formação conviveu no mun<strong>do</strong> da pediatria epsiquiatria e logo ce<strong>do</strong>, ainda estudante, percebeu que os distúrbios físicos não setratavam apenas <strong>de</strong> uma questão organicista. Para Dias, (2002) “ele parece ter si<strong>do</strong>,muito ce<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sperta<strong>do</strong> para o fato <strong>de</strong> que a saú<strong>de</strong>, e mais <strong>do</strong> que a saú<strong>de</strong>, o sentir-sevivo, não po<strong>de</strong> resumir-se ao bom funcionamento <strong>do</strong>s órgãos e das funções, e queseparar o físico <strong>do</strong> psíquico é um procedimento intelectualmente possível, masaltamente artificial” (p. 120).Ainda estudante teve contato com a obra <strong>de</strong> Freud, em 1920 torna-se médico eem 1923 inicia sua análise.Em 1935, por sugestão <strong>de</strong> seu analista, procura Melanie Klein, que já eraconhecida por seu interesse pelas angústias precoces e por suas teorias sobre as fasesmais primitivas da infância. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> da maior importância o estu<strong>do</strong> empreendi<strong>do</strong>por Klein, <strong>Winnicott</strong> persegue a trilha aberta por ela e torna-se seu supervisionan<strong>do</strong> <strong>de</strong>1935 até 1940. Chegou a ser analista <strong>de</strong> seu filho Eric <strong>de</strong> 1935 a 1939. (mas recusa-se aser supervisiona<strong>do</strong> por ela no caso <strong>do</strong> filho, como ela pretendia) Percebeu logo queKlein sabia muito, e muito mais <strong>do</strong> que ele, sobre o tema e, mesmo em fasesposteriores, quan<strong>do</strong> se distanciou <strong>de</strong>cisivamente da linha teórica kleiniana, afirmouUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>26

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