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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanálisesua maior vantagem: a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter i<strong>de</strong>ias e <strong>de</strong> agir segun<strong>do</strong> o impulso.(WINNICOTT, 1989).Per<strong>de</strong>r o impulso criativo e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> brincar segun<strong>do</strong> a teoria <strong>de</strong><strong>Winnicott</strong> é per<strong>de</strong>r a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver, criativida<strong>de</strong> é o fazer que, gera<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> ser,indica que aquele que é está vivo. Para ele a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> brincar é igualada a umaqualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> viver, não apenas a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> brincar propriamente dita, mas acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operar na área intermediária sem limites, em que a realida<strong>de</strong> interna eexterna se compõe na experiência <strong>de</strong> viver, operar na área chamada por <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong>Transicional, ou seja, na área intermediária entre a experiência exterior e a interior, área<strong>de</strong> conforto, que proporciona ao indivíduo a saú<strong>de</strong> e a felicida<strong>de</strong>.Para o autor o indivíduo que per<strong>de</strong> tal capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> brincar, per<strong>de</strong> a qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida e organiza inconscientemente uma fachada, um falso self para lidar com omun<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> essa fachada se transforma<strong>do</strong> numa <strong>de</strong>fesa contra o verda<strong>de</strong>iro self, quefoi traumatiza<strong>do</strong> e não po<strong>de</strong> mais ser encontra<strong>do</strong>, pelo risco <strong>de</strong> ser novamente feri<strong>do</strong>.Embora tal organização falsa seja uma <strong>de</strong>fesa eficaz, não é um componente da saú<strong>de</strong>.Diante <strong>de</strong>ste entendimento a respeito <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento na a<strong>do</strong>lescência naTeoria <strong>de</strong> <strong>Winnicott</strong>, o presente trabalho tem como objetivo <strong>de</strong>monstrar através <strong>de</strong> umcaso clínico um amadurecimento precoce por meio <strong>de</strong> um processo falso, suasimplicações no psíquico e na vida <strong>do</strong> paciente e atitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong> psicoterapeuta diante <strong>de</strong> talcaso.Foi realiza<strong>do</strong> atendimento individual com uma paciente (sexo feminino) <strong>de</strong> 16anos na Clínica Escola da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma vez porsemana e <strong>de</strong> abordagem psicanalítica. Além <strong>do</strong>s atendimentos, utilizou-se oProcedimento <strong>de</strong> Desenhos-Estórias com tema (D-E) por ser um instrumento <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>à investigação clínica da personalida<strong>de</strong>, que consiste em pedir que o examinan<strong>do</strong> realizeum <strong>de</strong>senho com um tema <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>. Em seguida, pe<strong>de</strong>-se ao examinan<strong>do</strong> que conteuma estória dizen<strong>do</strong> o que acontece no <strong>de</strong>senho. No presente trabalho o tema era ”O queé a<strong>do</strong>lescência?” Além <strong>de</strong> outros recursos utiliza<strong>do</strong>s em psicoterapias <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescentes,como por exemplo, o jogo <strong>do</strong> rabisco, entre outros.Como a paciente Júlia (nome fictício) já tinha passa<strong>do</strong> por um atendimento naClínica Escola da Universida<strong>de</strong>, alguns da<strong>do</strong>s já eram <strong>do</strong> conhecimento da terapeutaantes <strong>de</strong> iniciar a terapia. Júlia tinha 16 anos, morava com os avós <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança por tersi<strong>do</strong> aban<strong>do</strong>nada pela mãe, conheceu o pai biológico aos 14 anos, que a rejeitou e tinha<strong>do</strong>is filhos, um menino <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e uma menina <strong>de</strong> 10 meses.Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>136

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