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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da PsicanáliseA teoria winnicottiana ainda <strong>de</strong>staca <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> distúrbios maternos, a qual<strong>de</strong>staca a mãe cujos interesses próprios são tão intrusivos que são incapazes <strong>de</strong> seremaban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s, e o segun<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> mãe seria a que estaria sempre preocupada, tornan<strong>do</strong>seassim uma preocupação patológica. Esta mãe patologicamente preocupadapermanece i<strong>de</strong>ntificada por um longo tempo com este bebê, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> este caminharpara <strong>de</strong>pendência relativa.Vem-se a constatar, como na teoria, que quan<strong>do</strong> o “par mãe-filho” funcionabem, o ego da criança é capaz <strong>de</strong> organizar <strong>de</strong>fesas suportan<strong>do</strong> as reações <strong>de</strong> possíveisfalhas ambientais. Se este apoio é fraco ou intermitente, receben<strong>do</strong> um apoio egóicoina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ou patológico, estes ten<strong>de</strong>m a apresentar padrões <strong>de</strong> comportamentossemelhantes aos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas psicóticas, como menciona <strong>Winnicott</strong>(1958, p. 36).Na situação terapêutica o que se faz é imitar este processo natural “mãe-filho”,nesta ativida<strong>de</strong> encontramos fatos análogos como, o exame <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>pendênciaabsoluta por parte <strong>do</strong> paciente, que caminha para uma <strong>de</strong>pendência relativa com oobjetivo da conquista a in<strong>de</strong>pendência, por fim.Caso 2A paciente apresentou queixa quanto a relacionamento familiar, ela é umamulher <strong>de</strong> 30 anos, porém sua aparência mais jovem nos indica uma pessoa regredida emuito frágil.Os problemas <strong>de</strong> relacionamento da cliente são <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> uma<strong>de</strong>sestruturação familiar, que é <strong>de</strong>vida ao abuso sofri<strong>do</strong> por ela e uma irmã mais novapor parte <strong>do</strong> pai.V. relata que este abuso acontecia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua infância e que se manteve por parteda a<strong>do</strong>lescência, até o dia em que sua irmã resolveu revelar a mãe o que acontecia<strong>de</strong>ntro da casa e Valéria teve que falar sobre o que acontecia com ela para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r airmã da violência <strong>do</strong> pai, que bateu na irmã por contar tu<strong>do</strong> à mãe.Algumas vezes ela culpa a mãe por não ter percebi<strong>do</strong> o que ocorria, pois ela dizque sua mãe cuidava muito bem <strong>de</strong>las, menos quanto a este caso, Valéria diz ter feitoalgumas manifestações <strong>de</strong> que as coisas não estavam bem para ela <strong>de</strong>ntro da casa e quesua mãe não percebeu essas manifestações.Sen<strong>do</strong> assim, V. percebe que o ambiente ficou lhe <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> algo e per<strong>de</strong> tambéma confiança no ambiente e por este processo traumático; o emocional <strong>de</strong>sta fica abala<strong>do</strong>Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>77

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