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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da PsicanáliseIria contra a minha intenção que o Jogo <strong>do</strong> Rabisco se tornassepadroniza<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>scrito <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong>masiadamente claro. O princípio éque a psicoterapia é feita em uma sobreposição parcial da área <strong>de</strong>brinque<strong>do</strong> da criança e da área <strong>de</strong> brinque<strong>do</strong> <strong>do</strong> adulto ou terapeuta. OJogo <strong>do</strong> Rabisco é um <strong>do</strong>s exemplos da maneira pela qual uma interação<strong>de</strong>sse tipo po<strong>de</strong> ser facilitada.No que concerne a estas adaptações, po<strong>de</strong>mos citar o trabalho <strong>de</strong> Claman (2005),que reúne procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho a partir da proposta <strong>do</strong> “Jogo <strong>do</strong> Rabisco” e <strong>de</strong>criação <strong>de</strong> histórias constituin<strong>do</strong> um “Jogo <strong>do</strong> Rabisco com história”. Desta maneira,o jogo envolve criar um <strong>de</strong>senho a partir <strong>de</strong> um rabisco, contar umahistória, questionar e ser questiona<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma alternada. (...) Oterapeuta inicia o jogo <strong>de</strong>senhan<strong>do</strong> o primeiro rabisco, a partir <strong>do</strong> qualespera que a criança se baseie. É <strong>de</strong>sejável que a criança <strong>de</strong>senvolva aprimeira história, pois, <strong>de</strong>ssa forma, o terapeuta encontra-se mais apto a<strong>de</strong>cidir a respeito <strong>do</strong> tema que usará na sua própria vez. Se a criança nãocompreen<strong>de</strong>r os procedimentos, a or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong> ser revertida, e a criança<strong>de</strong>senha o primeiro rabisco. Uma vez inicia<strong>do</strong>, o jogo continua enquantohouver uma interação produtiva e divertida. (CLAMAN, 2005, p. 393)A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> associar <strong>de</strong>senhos e histórias não é nova, com outros autores ten<strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> propostas que se tornaram testes psicológicos com a consigna <strong>de</strong> se criarhistórias a partir da apresentação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos ou também com a proposta <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senharlivremente e, por meio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho feito, inventar uma história e dar-lhe um título,procedimento <strong>de</strong>ste cria<strong>do</strong> pelo psicanalista Walter Trinca (1987, 1997) e <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><strong>de</strong> “Desenho-Estória”. Contu<strong>do</strong>, Claman (2005) propõe que o <strong>de</strong>senho seja feito peladupla terapêutica, pelo terapeuta e paciente em conjunto, fato que marca uma diferençaentre estas propostas. A<strong>de</strong>mais, enquanto o procedimento <strong>de</strong> Desenho-Estória seconfigurou como uma estratégia <strong>de</strong> investigação da personalida<strong>de</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> hojereconheci<strong>do</strong> como um teste psicológico, o “Jogo <strong>do</strong> Rabisco com história” mostra-semais como uma ferramenta para comunicação no setting terapêutico infantil. Assim, emrelação ao “Jogo <strong>do</strong> Rabisco com história” inseri<strong>do</strong> no processo psicoterapêutico dacriança, Claman (2005) argumenta que “o terapeuta é guia<strong>do</strong> pelo conteú<strong>do</strong> e pelaestrutura <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos e das histórias da criança para ajudá-la a expressar seuspensamentos, sentimentos e inquietações, em uma forma temática indireta” (p. 395).Outra adaptação <strong>do</strong> “Jogo <strong>do</strong> Rabisco” dá-se no campo da Arteterapia, com otrabalho <strong>de</strong> Marien Liebmann (2000). Tem-se uma alteração da proposta inicial on<strong>de</strong>Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>48

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