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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanálisepara seu <strong>de</strong>senvolvimento e amadurecimento, lhe dan<strong>do</strong> condições <strong>de</strong> superar algumasfalhas no ambiente.No caso <strong>de</strong> CR, o processo <strong>de</strong> amamentação foi realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma que imitasseo processo natural. Seu avô a amamentava com uma mama<strong>de</strong>ira, usan<strong>do</strong> leite <strong>de</strong> umapequena criação <strong>de</strong> cabras, que tinha em seu quintal.CR se quer passou pelo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smame, porque esta nunca o teve <strong>de</strong> fatopara si. Haven<strong>do</strong> assim em seu passa<strong>do</strong>, um processo e um relacionamentoinsatisfatório.E é exatamente nesta primeira vivência não satisfatória ou insuficiente, quepo<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar alguns padrões <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> ou comportamentos ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s navida adulta.CR, no processo terapêutico, apresentou quadros <strong>de</strong> apatia, inibição e ansieda<strong>de</strong>sque são geralmente classificadas como psicóticas.A paciente apresentou quadros <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> como, nervosismo, inquietu<strong>de</strong>,tensão e usava sempre como <strong>de</strong>fesa uma “ansieda<strong>de</strong> antecipatória”: sempre seantecipan<strong>do</strong>, perante situações cotidianas, com finais trágicos e que sempre tinha um<strong>de</strong>sfecho dramático ou esboçava uma situação negativa.A paciente chegou à terapia, fazen<strong>do</strong> uso <strong>de</strong> psicofármacos para combater ainsônia, irritabilida<strong>de</strong> e ansieda<strong>de</strong>.E neste perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> terapia, embora a queixa inicial fosse como saber lhe dar comos filhos, aos poucos revivia e regredia os relacionamentos primeiros que não foramsatisfatórios e lhes traziam muito sofrimento. Aos poucos CR reconheceu um pouco <strong>de</strong>sua realida<strong>de</strong> subjetiva, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> fazer uma simples negação da realida<strong>de</strong> externa ouo reconhecimento <strong>de</strong>sta. Fato este, ressaltasse a fala <strong>de</strong>sta paciente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algunsmeses <strong>de</strong> terapia:“... sei que sou ansiosa e que tem muito me<strong>do</strong> <strong>do</strong> que vaiacontecer, sou muito nervosa e falo o que lhe vem a cabeça nahora das discussões em casa, e que isso acaba por magoar meusfilhos e mari<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong> nossa relação cada vez mais distante.”“... tenho me<strong>do</strong> <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o equilíbrio e ficar <strong>do</strong>ente e não tercontrole sobre o temor <strong>de</strong> pensamentos sobre o que po<strong>de</strong>ráacontecer, tenho me<strong>do</strong> <strong>do</strong> que vai acontecer.”Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>76

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