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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseimplicada com a questão <strong>de</strong> nossa prática clínica em enquadres diferencia<strong>do</strong>s,especialmente na saú<strong>de</strong> pública em unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e estratégias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dafamília. Nada mais natural <strong>do</strong> que o tema <strong>de</strong> um enquadre clínico diferencia<strong>do</strong> propostopor <strong>Winnicott</strong> que já se preocupava com questões práticas <strong>de</strong> seus pacientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> osprimórdios <strong>de</strong> sua atuação como pediatra e psicanalista.Foi em um Pré congresso ao Congresso Internacional <strong>de</strong> Psicanálise na Europa,em junho <strong>de</strong> 1969 que <strong>Winnicott</strong> apresentou, para ser supervisiona<strong>do</strong> por Ishak Ramzy(que fora seu aluno) o caso por ele <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> <strong>de</strong> psicanálise <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<strong>de</strong>manda (1987, p. 12). Tratava-se <strong>do</strong> caso <strong>de</strong> uma pequena garota apelidada <strong>de</strong> Piggleque foi conduzi<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> sessões infrequentes e irregulares, sempre realizadasapós solicitação da garota e com ampla participação <strong>de</strong> seus pais, especialmente <strong>de</strong> seupai nas próprias sessões. Abriu-se na época amplo <strong>de</strong>bate sobre se o que era por eleexposto se tratava <strong>de</strong> análise ou <strong>de</strong> psicoterapia.No prefácio <strong>do</strong> livro The Piggle, Ramzy aponta que <strong>Winnicott</strong> dizia não sercapaz <strong>de</strong> estabelecer esta distinção. Ele resume a questão ao dizer que o que importa ésaber se o terapeuta fez treinamento analítico ou não. Em 1962, volta ao assunto numafrase famosa que provavelmente vocês já <strong>de</strong>vem ter ouvi<strong>do</strong> que é:Gosto muito <strong>de</strong> fazer análise e sempre aguar<strong>do</strong> com expectativa o final<strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las. A análise pela análise não tem senti<strong>do</strong> para mim.Faço análise porque é disso que o paciente precisa e aceita. Se opaciente não precisa <strong>de</strong> análise, faço então, outra coisa. Na análise,pergunta-se: quanto é permiti<strong>do</strong> fazer? Por contraste, em minha clínica,o lema é: quão pouco precisa ser feito? (WINNICOTT, 1983/1962,p.152).E continua:Em minha opinião, nossos objetivos no exercício da técnica não sãoaltera<strong>do</strong>s, no caso <strong>de</strong> interpretarmos os mecanismos mentais quepertencem aos tipos psicóticos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e aos estágios primitivosnas fases emocionais <strong>do</strong> indivíduo. Se nosso objetivo continua a ser o<strong>de</strong> verbalizar o consciente incipiente em termos da transferência, entãoestaremos fazen<strong>do</strong> análise; caso contrário, seremos então analistasfazen<strong>do</strong> outra coisa que consi<strong>de</strong>ramos apropriada à ocasião. E por quenão? (WINNICOTT, 1983/1962, p. 155).Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>11

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