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Anais do II Simpósio Winnicott de Londrina - BVS Psicologia ...

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio <strong>Winnicott</strong> <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong> - <strong>Winnicott</strong> na história da Psicanáliseo corpo funciona e é a partir disso que se <strong>de</strong>senvolve uma personalida<strong>de</strong> que funciona,com <strong>de</strong>fesas contra a ansieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o tipo.A estruturação <strong>do</strong> self se dá através <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> integração <strong>do</strong> indivíduo, quepor sua vez, ocorre <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à interação <strong>de</strong>ste com o ambiente. <strong>Winnicott</strong> fala que se amaternagem não for suficientemente boa o self verda<strong>de</strong>iro não consegue e não po<strong>de</strong> seformar ou permanece escondi<strong>do</strong> atrás <strong>de</strong> um falso self que compactua e evita ao mesmotempo as frustrações externas. Ten<strong>do</strong> isto em vista, o papel <strong>de</strong> apoio da mãe faz-sefundamental para a construção <strong>do</strong> ego da criança, é este contato com o materno que<strong>de</strong>terminará a construção <strong>de</strong> um ego forte ou fraco.Aqueles que possuem um ego fraco o possuem em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sta relação quenão foi suficientemente boa e por este motivo não conseguem progredir e serem elesmesmos. E isto persiste na vida adulta, na forma <strong>de</strong> regressão, e são estes casos quemuitas vezes vem parar nas mãos <strong>do</strong> terapeuta e é <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> processo terapêutico que oindivíduo po<strong>de</strong>rá viver ou reviver situações que não pu<strong>de</strong>ram ser resolvidas para que o<strong>de</strong>senvolvimento possa continuar.Em nossa ativida<strong>de</strong> terapêutica, reiteradamente nos envolvemos compacientes; atravessamos uma fase em que ficamos vulneráveis (como amãe) por causa <strong>de</strong> nosso envolvimento; i<strong>de</strong>ntificamo-nos com a criança,que por algum tempo permanece <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nós a um grau extremo;assistimos à queda <strong>do</strong> falso self ou <strong>do</strong>s falsos selves da criança;assistimos ao novo nascimento <strong>de</strong> um self verda<strong>de</strong>iro, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um egoque é forte porque nós, assim como a mãe ao seu filho, fomos capazes<strong>de</strong> dar apoio. (WINNICOTT, 1960, p. 28).É através <strong>de</strong>sse processo terapêutico que o indivíduo tem uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver o seu self verda<strong>de</strong>iro e <strong>de</strong> ter contato realmente com outros ambientes quelhe propiciem um <strong>de</strong>senvolvimento. A terapia trás uma possibilida<strong>de</strong> que anteriormentelhe foi negada ou negligenciada e po<strong>de</strong> ser através <strong>de</strong>la que o indivíduo saia <strong>de</strong> umprocesso <strong>de</strong> estagnação, on<strong>de</strong> se encontra por não saber agir e viver a vida <strong>de</strong> formaefetiva. Através da terapia o cliente transfere para o mun<strong>do</strong> externo as novas vivênciasou a resolução <strong>de</strong> vivências que foram repetidas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> setting terapêutico.O terapeuta trás à tona a possibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ser Eu. Porém para que isso ocorra, arelação terapeuta-cliente <strong>de</strong>ve ser baseada na transferência entre estes, ou seja, narelação que é construída <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> setting terapêutico.Nos casos clínicos apresenta<strong>do</strong>s, a história <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s pacientes aqui expostos,quan<strong>do</strong> bebês tiveram experiências um pouco menos afortunadas ten<strong>do</strong> comprometi<strong>do</strong> oUniversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> <strong>Londrina</strong>74

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