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Modelagem da dinâmica espacial como uma ... - mtc-m12:80 - Inpe

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puderam manter <strong>uma</strong> ascendência sobre o campo. Esta organização social demandou a<br />

invenção <strong>da</strong> escrita; e este é exatamente o marco de transição <strong>da</strong> História Moderna em<br />

oposição à Pré-História. A partir <strong>da</strong>í, todos os eventos históricos que se sucederão<br />

dependerão <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de e distribuição do excedente de alimentos (Benevolo, 1983).<br />

Pesquisadores neste âmbito distinguiram no período supramencionado a) a I<strong>da</strong>de do<br />

Bronze, época em que os metais usados para ferramentas e armas eram raros e<br />

dispendiosos, ficando reservados a <strong>uma</strong> restrita classe dirigente, a qual absorvia todo o<br />

excedente de alimentos disponível, mas controlava ao mesmo tempo o crescimento<br />

populacional e <strong>da</strong> produção; e b) a I<strong>da</strong>de do Ferro, a qual se iniciou por volta de 1.200<br />

a.C. com a difusão <strong>da</strong> escrita alfabética, de moe<strong>da</strong>s cunha<strong>da</strong>s e de ferramentas metálicas<br />

mais acessíveis, expandindo a classe dirigente e permitindo o aumento populacional. A<br />

civilização greco-romana se desenvolveu segundo esses preceitos em <strong>uma</strong> ampla região<br />

– a Bacia Mediterrânica – porém escravizou e empobreceu os fornecedores de<br />

alimentos, se auto-condenando a um colapso econômico, o qual efetivamente ocorreu a<br />

partir do século IV d.C.<br />

Outros eventos históricos – as civilizações feu<strong>da</strong>l e burguesa – abriram caminho para o<br />

surgimento <strong>da</strong> civilização industrial, caracteriza<strong>da</strong> pelo emprego de métodos científicos<br />

diretamente na produção. O sempre crescente excedente de alimentos não se achava<br />

mais reservado a <strong>uma</strong> minoria dirigente, mas passa a ser distribuído para <strong>uma</strong> maior<br />

parcela <strong>da</strong> população (teoricamente a to<strong>da</strong> ela), que não mais apresenta obstáculos para<br />

o seu crescimento. Neste novo quadro, a ci<strong>da</strong>de - sede <strong>da</strong>s classes dominantes - ain<strong>da</strong> se<br />

opõe ao campo – sede <strong>da</strong>s classes subordina<strong>da</strong>s -, mas esta dicotomia deixa de ser<br />

inevitável para permitir-se ser supera<strong>da</strong>. E é exatamente desta possibili<strong>da</strong>de ousa<strong>da</strong> de<br />

superação que nasce a ci<strong>da</strong>de moderna (Benevolo, 1983).<br />

Em relação ao tópico central desta seção, é importante notar que o termo assentamentos<br />

urbanos encompassa um conjunto de conceitos correlatos: áreas urbanas, centros<br />

urbanos, ci<strong>da</strong>des. De acordo com Hardoy et al. (2001), não há consenso entre<br />

autori<strong>da</strong>des governamentais acerca <strong>da</strong> definição destes conceitos. Em praticamente<br />

todos os países, áreas urbanas incluem todos os assentamentos com 20.000 habitantes<br />

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