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ETAPA 1

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prados costeiros e prados de montanha (Costa 1995, Costa 1998e, Costa et al., 1996).<br />

No estuário do Tejo ocorre na zona das lezírias e sapal (Leitão et al., 1998).<br />

População: A informação sobre o efectivo de esmerilhão que inverna em Portugal é<br />

muito reduzida. Parece no entanto consensual que é baixa a abundância de<br />

esmerilhões a invernarem no país, tendo em conta o número de registos mais<br />

recentes, estimando-se que a população invernante esteja compreendida entre 50 e<br />

250 indivíduos. Segundo Costa et al., (1996) e Costa (1998e) de grosso modo são<br />

observados em média 10 a 3 indivíduos por ano, mas devido à conspicuidade da<br />

espécie, ao seu reduzido tamanho e comportamento estes valores devem estar<br />

subestimados. No estuário do Tejo no período entre 1983/84 e 1993/94 foram<br />

observados 12 aves, das quais 7 ocorreram no estuário e 5 nas lezírias (Costa et al.,<br />

1996).<br />

Factores de ameaça: O continuado declínio dos sistemas de exploração tradicional<br />

agrícola e a sua sub-distribuição por culturas agrícolas ou florestais de carácter<br />

intensivo ou mesmo o mero abandono e conversão para matos degradados, pode vir a<br />

ter implicações negativas para a espécie a médio e longo prazo. O uso abusivo e<br />

desregrado de pesticidas pode constituir uma ameaça para as populações cujos<br />

indivíduos vêm invernar no nosso país, em face aos efeitos nefastos da bioacumulação<br />

no seu organismo e no sucesso reprodutor. O abate a tiro constitui<br />

igualmente uma ameaça para esta espécie, pois a sua estadia coincide com a época<br />

venatória (ICN, 2006).<br />

Medidas de Conservação: Campanhas de sensibilização ambiental e de<br />

conservação da fauna, em particular das aves de rapina e outros predadores, dirigidas<br />

quer a agricultores, caçadores, guardas e gestores de caça, quer ao público em geral.<br />

Sensibilização dos agricultores para a adopção de boas práticas agrícolas. Divulgação<br />

e incentivo ao recurso mais generalizado das Medidas Agro Ambientais junto dos<br />

proprietários e produtores agrícolas. Tendo em vista a manutenção de habitat<br />

favorável desta espécie, as acções de arborização de terras agrícolas marginais<br />

deverão ser efectuadas com folhosas autóctones (sobreiros e azinheiras), e em<br />

densidades não muito elevadas. É importante realizar censos que permitam conhecer<br />

os efectivos médios anuais que visitam o país no Inverno, identificar as regiões ou<br />

áreas de maior importância para a espécie e estudar temas como a selecção de<br />

habitat e alimentação invernal (ICN, 2006).<br />

Ógea, Falco subbuteo<br />

Fenologia: Estival nidificante em Portugal. Ocorre no estuário do Tejo como migrador<br />

de passagem raro (Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Espécie com estatuto Vulnerável a nível nacional. A nível<br />

internacional é considerada uma espécie Não Ameaçada pela BirdLife International<br />

(2004) e Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos anexos das<br />

convenções de Berna (Anexo II), Bona (Anexo II) e CITES (Anexo II A) (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: Espécie de distribuição sobretudo Euro-asiática como<br />

nidificante, embora também exista no Norte de África (Marrocos e Tunísia), e que<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 121

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