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água e por zonas costeiras, nomeadamente estuários (Rufino 1989, Farinha e Costa<br />
1999, ICN, dados não publicados).<br />
Habitat: Utiliza vales de montanha e cursos de rios, preferencialmente de água<br />
corrente durante o Verão, com pequenas ilhas ou praias e sem perturbação humana.<br />
Pode utilizar também lagunas, açudes e albufeiras, principalmente com vegetação<br />
ripícola e habitats estuarinos (e. g. canais e esteiros de salinas). Durante o Inverno é<br />
encontrado principalmente junto de cursos de água interiores e na costa utiliza<br />
predominantemente zonas entre-marés, salinas, outros habitats estuarinos e ainda,<br />
campos agrícolas alagados (ICN, 2006). No estuário do Tejo frequenta as valas de<br />
salinas, salinas, zonas com taludes relativamente abruptos à beira de água (Leitão et<br />
al., 1998).<br />
População: Não existe nenhuma estimativa actual da população nidificante. No<br />
entanto, a estimativa actual do território espanhol (Balmori 2003) permite estimar a<br />
população portuguesa em 500 a 4000 aves. Durante o Inverno, a espécie tem sido<br />
monitorizada nas zonas estuarinas desde a década de 1970. A análise destes censos<br />
até 2000, permitiu verificar que a abundância da população invernante tem<br />
permanecido estável, oscilando em redor dos 100 indivíduos (Sousa 2002b). No<br />
entanto, uma vez que as contagens não têm assegurado uma cobertura nacional a<br />
sua abundância estará subestimada, admitindo-se que a população invernante<br />
nacional esteja entre os 250 e os 1.000 indivíduos (ICN, 2006). No estuário do Tejo a<br />
população invernante em 1989 foi de 97 aves (Rufino, 1989) e em 1991, 13 aves<br />
(Rufino, 1991). A população média invernante no estuário do Tejo no período entre<br />
1992 e 1996 foi de 9 indivíduos. O número deve estar muito subestimado. (Leitão et<br />
al., 1998). Entre o período de 2000 e 2001 foram recenseadas 4 aves invernantes e<br />
em 2004, 7 aves (Encarnação, dados não publicados). Nas salinas do Samouco foi<br />
observado um máximo de 25 aves em Julho de 2004 (Rocha, dados não publicados).<br />
Factores de ameaça: Perda ou degradação de habitat (por acção do Homem). A<br />
população nidificante é ameaçada, entre outros factores, pela construção de<br />
barragens, alterações na quantidade de sedimentos transportados pelos rios e a<br />
destruição da vegetação ripícola. A população invernante é afectada pelo abandono<br />
ou degradação de salinas e pela transformação de salinas em aquaculturas (ICN,<br />
2006).<br />
Medidas de Conservação: Alguns trechos de rios e a maior parte das áreas<br />
estuarinas utilizadas por esta população estão incluídas em áreas com estatuto legal<br />
de protecção (Reservas Naturais, Zonas de Protecção Especial, Sítio Ramsar). Várias<br />
outras zonas foram recentemente desiganadas como Zonas Importantes para as Aves<br />
(Costa et al., 2003). No entanto, é necessário assegurar a conservação do habitat e a<br />
minimização dos factores de ameaça anteriormente referidos, nomeadamente a<br />
promoção da salicultura. É necessário obter estimativas mais fiáveis da sua<br />
abundância e distribuição (ICN, 2006).<br />
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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)