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Maio e Junho. Tal como os outros biótopos florestados, também no pinhal os<br />
passeriformes são mais abundantes que os outros grupos de aves. Durante o Inverno,<br />
a felosinha é a espécie mais abundante. Como residentes, são mais frequentes os<br />
estorninhos, o gaio, a toutinegra-dos-valados, o melro, o chapim-de-poupa, o chapimazul,<br />
o chapim-real, a trepadeira-azul, a trepadeira-comum, o tentilhão e o chamariz.<br />
Como invernantes, ocorrem a felosinha, estrelinha-real, o pisco-de-peito-ruivo e o<br />
chapim-rabilongo, e como estivais ocorrem a carriça, o cartaxo, o verdilhão e o<br />
pintassilgo (Leitão, 1993).<br />
1.3.2.2 Lista das espécies de aves registadas no Estuário do Tejo<br />
1.3.2.2.1 Ordem Podicepidiformes<br />
Família Podicepididae<br />
Mergulhão-pequeno, Tachybaptus ruficollis<br />
Fenologia: Espécie residente em Portugal. No estuário do Tejo a espécie é residente<br />
nidificante raro e invernante comum (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Espécie considerada Pouco Preocupante em Portugal e pela<br />
IUCN. Está incluída no anexo II da convenção de Berna (ICN, 2006).<br />
Distribuição e movimentos: O Mergulhão-pequeno tem uma área de distribuição<br />
vasta, que engloba África, Europa e Sul da Ásia. A subespécie T. ruficollis ruficollis<br />
distribui-se pela Europa e Noroeste africano. Esta espécie é residente, mas pode<br />
apresentar carácter dispersivo ou migratório, dependendo das condições atmosféricas<br />
durante o Inverno (del Hoyo et al., 1992) (Costa e Guedes, 1997).<br />
Habitat: Ocorre numa grande diversidade de zonas húmidas, geralmente com água<br />
pouco profunda (del Hoyo et al., 1992), evitando fortes ondulações ou correntes<br />
violentas (Carmp e Simmons, 1977). No estuário tem preferência por tanques de<br />
salinas, valas da lezíria e açudes (Leitão et al., 1998). Nos Invernos de 2004/05 e<br />
2005/2006 a espécie utilizou preferencialmente as salinas do Samouco e a lagoa<br />
artificial do mouchão do Lombo do Tejo como local de invernada.<br />
População: A população do Paleártico ocidental é estimada num intervalo entre 100<br />
000 e 1 000 000 de indivíduos (Rose e Scott 1994). Nidifica em Portugal, sendo uma<br />
espécie residente, mais abundante no Sul do país (Costa e Guedes, 1994). Tratandose<br />
de uma espécie de hábitos mergulhadores, dificulta a sua contagem rigorosa,<br />
reflectindo-se este facto nos registos serem muito irregulares bem como as datas de<br />
contagens máximas variarem muito de ano para ano Costa e Guedes, 1997). Em<br />
Janeiro de 1991 e 1992 foram contados, entre Alcochete e Vila Franca de Xira, 134 e<br />
192 indivíduos, respectivamente. A população nidificante não deve atingir os 5 casais<br />
(Leitão et al., 1998). No Inverno de 1992/93 foram contadas no estuário um máximo de<br />
15 aves no mês de Dezembro e 51 indivíduos no esteiro do Montijo no mês de<br />
Novembro. Registos mais recentes nomeadamente dos Invernos de 2004/05 e<br />
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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)