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considerada uma espécie Pouco Preocupante (IUCN, 2001). Está incluída no anexo II<br />
da convenção de Berna (ICN, 2005).<br />
Distribuição e movimentos: Existem várias subespécies que ocorrem desde a<br />
Europa Ocidental até ao Japão e ilha de Sacalina, e desde a zona subártica até à zona<br />
quente continental da Ásia Central (Hagemeijer e Blair, 1997). Em Portugal, durante a<br />
época de nidificação ocorre sobretudo a Norte do Tejo, de forma muito localizada em<br />
zonas húmidas litorais, mas também algumas interiores. A população invernante<br />
apresenta uma distribuição mais alargada por todo o país (ICN, 2005).<br />
Habitat: Ocorre em caniçais, juncais, valas de arroz com vegetação bem desenvolvida<br />
e outras zonas húmidas de água doce ou salobra (Rufino, 1989). No Estuário do Tejo<br />
ocorre em caniçais, sapais e restolhos de arroz (Leitão et al., 1998).<br />
População: A população nidificante foi estimada como sendo inferior a 1.000 aves,<br />
estando maioritariamente localizada na ria de Aveiro. A tendência da população é<br />
desconhecida, contudo existem evidências de redução na área de habitat e mesmo<br />
extinções locais (ICN, 2005). No Estuário do Tejo, durante o Inverno de 1991/92, as<br />
densidades máximas foram registadas no sapal e no restolho de arroz (19 e 16<br />
aves/10 ha, respectivamente). No estudo da avifauna dos sapais, a espécie ocorreu<br />
em cinco classes diferentes de sapal, em densidades que oscilaram entre 0,07 e 2,00<br />
casais/10 ha (Leitão et al., 1998). Segundo Crespo (1993) a espécie predomina em<br />
manchas de sapal baixo e de transição, dominadas por Halimione portucaloide e<br />
marginadas por manchas de Scripus sp., apresentando uma densidade de 2,5 casais/<br />
10 ha.<br />
Factores de ameaça: Drenagem de zonas húmidas (principalmente na ria de Aveiro),<br />
corte de vegetação durante o período de nidificação (Neto, 2003).<br />
Medidas de Conservação: Evitar a drenagem de zonas húmidas; - O corte do caniço<br />
e junco apenas deverá ser efectuado de Setembro a Fevereiro, inclusive (ICN, 2005).<br />
Trigueirão, Miliaria calandra<br />
Fenologia: Em Portugal a espécie é residente. No estuário do Tejo ocorre como<br />
residente nidificante comum (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Em Portugal é uma espécie Pouco Preocupante. A nível<br />
internacional é considerada uma espécie Pouco Preocupante (IUCN, 2001). Está<br />
incluída no anexo III da convenção de Berna (ICN, 2005).<br />
Distribuição e movimentos: apresenta uma distribuição alargada em todo o território,<br />
estando a espécie ausente em parte da zona Centro - Oeste do país (Rufino, 1989).<br />
Habitat: Frequenta uma grande variedade de habitats abertos, sem árvores ou com<br />
árvores dispersas, como culturas arvenses extensivas, matos de estevas e de giesta<br />
com clareiras, zonas montanhosas até aos 800 m de altitude. Evita pequenas<br />
manchas e paisagens muito compartimentada (Rufino, 1989). No Estuário do Tejo<br />
ocorre na lezíria em outras zonas abertas (Leitão et al., 1998). Não sendo uma<br />
espécie típica de sapal ocorre neste habitat predominantemente nas zonas marginais,<br />
com densidades que podem ascender a 4,63 casais/ 10 ha (Crespo 1993).<br />
ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 249