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ETAPA 1

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constituindo um biótopo muito denso em que as plantas têm mais de 1 metro de altura.<br />

Nesta altura são ocupadas por gado (sobretudo bovino) que nelas permanece durante<br />

algumas semanas. O seu efeito é muito intenso e quando o gado é retirado, em Julho<br />

ou Agosto, o biótopo encontra-se totalmente alterado. Nesta altura, a cobertura das<br />

espécies vegetais é muito pequena, e a grande maioria das plantas não ultrapassa os<br />

10 cm de altura. Estas pastagens permanecem sem gado até se encontrarem de novo<br />

desenvolvidas, na Primavera do ano seguinte (Tomé, 1994). A riqueza específica de<br />

aves deste biótopo é superior no Inverno (16 a 19 espécies) do que na Primavera (11<br />

a 13 espécies). A abundância varia entre 6 e 10 aves/ha ao longo de todo o ano. A<br />

diminuição da riqueza específica e abundância registada na Primavera, parece deverse<br />

à perturbação causada pelo pastoreio. É nestes meses que o gado bovino é<br />

transferido para estas pastagens, causando grande destruição no coberto vegetal.<br />

Neste biótopo ocorrem 4 espécies residentes, a águia-sapeira, a laverca, a fuinha-dosjuncos<br />

e o cartaxo, e 13 espécies invernantes, como a garça-real, o carraceiro, a<br />

garça-branca-pequena, o sisão, o peneireiro-vulgar, o abibe, a tarambola-dourada, a<br />

narceja, a petinha-dos-prados, o picanço-real, a felosinha, o pintassilgo e o pintarroxo.<br />

E ainda 7 espécies estivais, o pato-real, a codorniz, o andorinhão-preto, a andorinhadas-chaminés,<br />

a andorinha-dos-beirais, a alvéola-amarela e o trigueirão (Leitão, 1993).<br />

Pastagens permanentes – distinguem-se do biótopo anterior pelo facto de<br />

comportarem gado durante praticamente todo o ano. O efeito de herbívoria é, assim,<br />

permanente e as plantas nunca atingem grande desenvolvimento. Constituem<br />

pastagens relativamente ralas, de menos cobertura que as pastagens primaveris e em<br />

que a maioria das plantas raramente ultrapassa os 50 cm de altura. A maioria das<br />

espécies é a mesma, que se desenvolvem nas pastagens primaveris, contudo nas<br />

pastagens permanentes assumem importância outras espécies, mais adaptadas á<br />

pressão do gado e mais características de terrenos perturbados ou salgados. Entre<br />

elas podem destacar-se Beta vulgaris L., Carlina racemosa L., Cardaria draba (L.)<br />

Desv., Suaeda vera J.F. Gemelin, Fankaenia laevis L. e Arthocnemum fruticosum (L.)<br />

Moq. (Tomé, 1994).<br />

A abundância e riqueza específica são maiores no Inverno que na Primavera. A<br />

abundância atinge um máximo em Dezembro (15,6 aves/ha), diminuindo até Junho<br />

(2,5 aves/ha). O número de espécies foi máximo no mês de Janeiro (22 espécies)<br />

oscilando até ás 9 espécies obtidas em Maio. Estas oscilações parecem dever-se à<br />

perturbação causada pela presença de gado, principalmente durante a estação mais<br />

seca, altura em que o coberto vegetal quase desaparece. Neste biótopo a laverca<br />

ocorre ao longo de todo o ano, mas outras 4 espécies de cariz residente são<br />

observadas embora com alguma irregularidade, são a águia-sapeira, a fuinha-dosjuncos,<br />

o cartaxo e o trigueirão. Como invernantes ocorrem essencialmente 10<br />

espécies, a garça-branca-pequena, o carraceiro, a garça-cinzenta, o abibe, a<br />

tarambola-dourada, a petinha-dos-prados, os estorninhos, o chamariz, o pintassilgo e<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 59

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