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ETAPA 1

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território continental nacional, com uma distribuição provavelmente não tão dispersa<br />

como indicada no atlas (Rufino 1989, Reino 1994, Lourenço et al., 2001, ICN dados<br />

não publicados). Nos Açores a espécie ocorre em todos os grupos do arquipélago<br />

(ICN, 2005).<br />

Habitat: Em Portugal continental o habitat da espécie é constituído por pinhais (Pinus<br />

ssp.), carvalhais (quercus spp.), pequenos soutos (Castanea sativa), matas ribeirinhas<br />

(Rufino 1989, Silva 1998, Petronilho 2001a,b in ICN, 2005) e por montados de azinho<br />

(Q. rotundifolia) abertos, com sobreiros (Q. suber) e pinheiros no sul (Cruz et al., 1994,<br />

Godinho, com. pess). Tem sido observada a nidificação em ninhos antigos de aves de<br />

rapina diurnas, principalmente, construídos em pinheiros, sobreiros e azinheiras (Cruz<br />

et al., 1994, Petronilho 2001a, Godinho, com. pess). Nos açores, ocorre em zonas de<br />

bosques ou floresta, nomeadamente de coníferas (ICN, 2005). No estuário do Tejo<br />

ocorre em zonas florestais e terrenos abertos da lezíria. A maior parte das<br />

observações provêm da zona das lezírias, onde por vezes é detectado de noite<br />

pousado em postes de vedações ou nas escassas árvores ali existentes. Em 1994 foi<br />

possível confirmar a sua nidificação na zona de Pancas (Leitão et al., 1998).<br />

População: As características da espécie, nomeadamente ser muito discreta e a<br />

grande irregularidade na nidificação, tornam difícil estimar o tamanho da população. É<br />

referida como uma ave rara ou pelo menos pouco abundante e localizada (Rufino<br />

1989, Reino 1993, ICN dados não publicados). A tendência da população desta<br />

espécie em Portugal é desconhecida, mas de acordo com as observações a nível<br />

local, deve ser irregular ou flutuante, com oscilações inter ou plurianuais (ICN, 2005).<br />

Factores de ameaça: As ameaças a esta espécie no nosso país não são bem<br />

conhecidas. A competição com a coruja-do-mato, pelo espaço, plataformas de<br />

nidificação e alimentação pode ser um factor limitante desta espécie (Fajardo e<br />

Babiloni 1996, Cortés e Martí 2003, entre outros). O envenenamento na sequência de<br />

campanhas de controlo e extermínio de pragas de roedores na agricultura, nas<br />

arborizações florestais e nas lixeiras constitui uma ameaça potencial. Morte por colisão<br />

com em linhas eléctricas (Onofre, dados não publicados) ou por colisão com<br />

automóveis poderá também constituir um factor de mortalidade não-natural. Também<br />

é provável que o abate ilegal ainda seja um importante factor de ameaça, tendo em<br />

conta o número de exemplares embalsamados encontrados em vários pontos do país<br />

(Palma 1985, Cruz et al., 1994). A destruição por incêndio ou corte de manchas de<br />

pinhal e bosquetes ribeirinhos, onde existam ninhos de aves de rapina e de corvídeos<br />

e que constituem locais de nidificação para a espécie, actuais ou potenciais,<br />

constituem um factor de perda ou degradação de habitat. O abate da gralha-preta,<br />

para correcção de densidades ou a sua eventual integração na lista de espécies<br />

cinegéticas exploráveis, afectará negativamente o bufo-pequeno, pois diminuirá a<br />

disponibilidade de plataformas naturais de nidificação em arvora a médio prazo (ICN,<br />

2005).<br />

Medidas de Conservação: A conservação da espécie pode ser assegurada através<br />

das seguintes medidas: - dinamização de campanhas de sensibilização ambiental e de<br />

conservação das aves de rapina, dirigidas a caçadores, guardas e gestores de caça,<br />

194<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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