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(Rufino, 1989). No estuário do Tejo ocorre numa grande variedade de habitats, desde<br />
caniçais e salinas, passando pelos terrenos da lezíria, até aos montados de sobro e<br />
pinhais (Leitão et al., 1998). Nos sapais do Tejo, o cartaxo é típico das zonas<br />
marginais deste biótopo, sendo observado ainda em biótopos onde domina<br />
Phragmites communis e onde domina Arthrocnemum perenne ou de A. Perenne e<br />
Arthrocnemum sp. dada a proximidade destes com os taludes. É uma espécie pouco<br />
no coberto vegetal do sapal, apresentando densidades reduzidas (0,55 casais / 10 ha)<br />
(Crespo, 1993).<br />
População: O cartaxo parece mais abundante no Alentejo e Beira Interior do que no<br />
resto da sua área de distribuição. Por outro lado é raro no extremo sueste do país e na<br />
zona de Aveiro, onde ocorre em densidades muito baixas (Rufino, 1989). Rufino<br />
(1989) estimou a população nacional em cerca de 10.000 a 100.000 casais. Em<br />
1991/92 dos 14 biótopos estudados (sapal, valas, 9 biótopos agrícolas e 3 florestais), a<br />
espécie só não foi registada no sapal. Com excepção das valas, as densidades<br />
raramente ultrapassam as 10 aves/10 ha (Leitão et al., 1998).<br />
Chasco-cinzento, Oenanthe oenanthe<br />
Fenologia: Em Portugal a espécie é estival nidificante. No estuário do Tejo ocorre<br />
como migrador de passagem comum, sendo observado principalmente durante os<br />
meses de Agosto a Novembro (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Em Portugal a espécie tem o estatuto Pouco Preocupante. A<br />
nível internacional é considerada uma espécie Pouco Preocupante pela IUCN (2001).<br />
Está incluída no anexo II das convenções de Berna e de Bona (ICN, 2005).<br />
Distribuição e movimentos: Segundo Coverley (sem data) a espécie apresentava na<br />
primeira metade do século uma distribuição mais alargada no Norte do país, sendo<br />
comum nos complexos dunares do litoral Norte. Actualmente embora a população se<br />
mantenha o seu limite a Sul, na zona litoral Norte é meramente residual (Rufino,<br />
1989).<br />
Habitat: Frequenta áreas abertas muito variadas, preferindo habitats de montanha,<br />
como prados e pastagens, desde que sejam húmidos e com afloramentos rochosos<br />
(Rufino, 1989). No estuário do Tejo é o chasco-cinzento é observado na lezíria, salinas<br />
e montados de sobro abertos (Leitão et al., 1998).<br />
População: Rufino (1989) estimou a população nacional em cerca de 1.000 a 10.000<br />
casais.<br />
Factores de ameaça: A redução da população na zona litoral Norte do país poderá<br />
ser resultado da ocupação desses locais pela construção. Para disso, sofreu uma<br />
redução do habitat nas zonas montanhosas, como consequência da florestação<br />
progressiva das zonas mais altas das serras do país (Rufino, 1989).<br />
Melro-preto, Turdus merula<br />
Fenologia: Em Portugal continental e nos arquipélagos dos Açores da Madeira a<br />
espécie é residente. No estuário do Tejo ocorre como residente nidificante comum<br />
(Leitão et al., 1998).<br />
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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)