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ETAPA 1

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na sequência das lavouras outonais. Cerca de 15 espécies nidificam nos terrenos,<br />

canais e construções das lezírias do Tejo, sendo as mais abundantes o pato-real, a<br />

codorniz, a galinha-d’água, a perdiz-do-mar, a laverca, a calhandrinha-comum, a<br />

andorinha-das-chaminés, a alvéola-amarela, a fuínha-dos-juncos, o cartaxo e o<br />

trigueirão. Outras espécies como a águia-sapeira, o tartaranhão-caçador, o<br />

andorinhão-preto e a andorinha-dos-beirais, são comuns nas lezírias, mas nidificam<br />

nos biótopos envolventes. No Inverno a avifauna das lezírias é globalmente mais<br />

abundante e diversa, neste período ocorrem mais de 30 espécies, das quais a garçaboieira,<br />

o peneireiro-vulgar, o sisão, o abibe, a tarambola-dourada, a narceja-comum,<br />

o guincho, a coruja-das-torres, o guarda-rios, a laverca, a petinha-dos-prados, a<br />

alvéola-branca, o cartaxo, a fuinha-dos-juncos, a felosa-comum, o pardal, o chamariz,<br />

o pintassilgo, o pintarrôxo e o Trigueirão são das mais abundantes (Leitão et al.,<br />

1998).<br />

Os Charadriiformes ocorrem em todos os biótopos da lezíria, principalmente durante o<br />

Inverno (Novembro a Fevereiro), período em que se registam as maiores abundâncias<br />

e maior número de espécies. Em alguns biótopos agrícolas (7 biótopos) os<br />

Charadriiformes chegam a deter durante os meses de Inverno mais de 20% da<br />

abundância em termos de densidade (aves/ha). Das 23 espécies registadas apenas 3<br />

nidificam na área: o pernilongo, o alcaravão e perdiz-do-mar. As espécies invernantes<br />

foram as mais abundantes e melhor distribuídas, designadamente o abibe, a<br />

tarambola-dourada e o maçarico-real, que ocorrem preferencialmente nas pastagens e<br />

forragens, e a narceja, o maçarico-de-bico-direito e o guincho, mais ligadas aos<br />

restolhos alagados de milho e arroz. A abundância de Charadriiformes,<br />

nomeadamente limícolas, nesta área agrícola, está ligada ao carácter alagadiço dos<br />

solos durante o Inverno e à influência dos sapais, extensões de vasa e salinas<br />

adjacentes (Leitão, 1993).<br />

Campos de girassol – O girassol é semeado geralmente entre Março e Maio, em<br />

terrenos previamente lavrados. Frequentemente constitui uma cultura de regadio,<br />

utilizando-se, durante o seu crescimento, aparelhos de rega circulares (pivots). As<br />

plantações de girassol constituem monoculturas relativamente densas de crescimento<br />

bastante rápido, podendo as plantas atingir cerca de 1,5 metros de altura em cerca de<br />

três meses. A ceifa ocorre geralmente durante o mês de Setembro, recorrendo-se a<br />

maquinaria especializada a fim de recolher as sementes. Os talhões semeados com<br />

girassol são, normalmente, os mesmos todos os anos. Podem, no entanto,<br />

permanecer um ano em pousio, ocupados por restolho, que gradualmente se<br />

transforma em pastagem (Tomé, 1994).<br />

Restolhos de girassol – Após a ceifa do girassol, em Setembro, os talhões podem<br />

ser lavrados e semeados com cereal ou permanecer ocupados por restolho,<br />

geralmente até à Primavera seguinte. Neste caso, os restolhos são caracterizados,<br />

durante os primeiros dias após a ceifa, por uma densidade relativamente elevada de<br />

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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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