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ETAPA 1

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ocorre no estuário em densidades que raramente ultrapassam as 5 aves/ha,<br />

apresentando alguns picos que correspondem a movimentos pré-nupciais. A espécie<br />

surge em densidades mais elevadas na parte terminal do estuário, nas zonas de vasa<br />

arenosa (no Inverno) e nas zonas de vasa (no Outono). Na Primavera ocorre em<br />

zonas de vasa mais interiores do estuário (Moreira, 1995). Alimenta-se<br />

preferencialmente de poliquetas, gastrópodes e bivalves, sendo a principal presa o<br />

gastrópode Peringia ulvae (Moreira, 1995).<br />

População: Esta espécie tem sido monitorizada nas zonas estuarinas desde a década<br />

de 1970. A análise destes censos até 2000 permitiu verificar que a abundância da<br />

população tem permanecido estável, oscilando entre 400 e 900 indivíduos (Sousa<br />

2002b) (ICN, 2006). No estuário do Tejo a população média invernante no período de<br />

1975/1978 foi de 346 aves, apresentando um máximo de 625 aves em 1976 (Rufino,<br />

1978). No Inverno de 1989 foram recenseadas 1010 aves (Rufino, 1989). O número<br />

médio de médio de aves observadas no estuário do Tejo no período de 1990/93, foi de<br />

91 aves, correspondendo a 29,6 % do efectivo nacional (Moreira, 1995). A população<br />

média invernante no estuário no período de 1992 a 1996 foi de 220 aves, com um<br />

máximo de 550 indivíduos a ser atingido em Janeiro de 1996. Ocorre em maior<br />

número durante a migração pós-nupcial (1405 aves em Setembro de 1981) e na<br />

migração pré-nupcial (Leitão et al., 1998). No Inverno de 2000/2001 foram observados<br />

3690 nas salinas de Vasa Sacos, em 2003/04 foram recenseadas 112 aves<br />

(Encarnação, dados não publicados), 95 nas salinas do Samouco. Nas salinas do<br />

Samouco entre 2004/05 o número médio de tarambola-cinzenta foi de 245 aves,<br />

registando-se um máximo de 1285 aves em Novembro de 2004 (Rocha, dados não<br />

publicados).<br />

Factores de ameaça: Perda ou degradação de habitat (por acção do Homem),<br />

nomeadamente abandono ou degradação de salinas, a transformação de salinas em<br />

aquaculturas e a destruição ou degradação das zonas entre marés (ICN, 2006).<br />

Medidas de Conservação: A maior parte das áreas estuarinas utilizadas por esta<br />

população durante o Inverno estão incluídas em áreas com estatuto legal de protecção<br />

(Reservas Naturais, Zonas de Protecção Especial, Sítio Ramsar). Várias outras zonas<br />

foram recentemente desiganadas como Zonas Importantes para as Aves (Costa et al.,<br />

2003). Deve ser promovida a manutenção da actividade salineira e condicionada a<br />

alteração de uso das áreas ocupadas por salinas, também fora de áreas classificadas<br />

(por exemplo, estuário do Tejo). É necessário uma monitorização mais eficaz, de<br />

modo a obter estimativas mais fiáveis da sua abundância (ICN, 2006).<br />

Pilrito-sanderlingo, Calidris alba<br />

Fenologia: Em Portugal a espécie é Invernante. No estuário do Tejo ocorre como<br />

invernante e migrador de passagem pouco comum (Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Em Portugal a espécie tem o estatuto de Pouco Preocupante.<br />

A nível internacional é considerada uma espécie Pouco Preocupante pela IUCN<br />

(2001). Está incluída nos anexos das convenções de Berna (Anexo II) e de Bona<br />

(Anexo II) (ICN, 2006).<br />

152<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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