22.11.2013 Views

ETAPA 1

ETAPA 1

ETAPA 1

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1.3.2.2.5 Ordem Accipitriformes<br />

Família Accpitritridae<br />

Peneireiro-cinzento, Elanus caeruleus<br />

Fenologia: Espécie residente em. No Estuário do Tejo é residente nidificante raro<br />

(Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Espécie considerada Quase Ameaçada a nível nacional. A<br />

nível europeu é considerada uma espécie Rara pela BirdLife International (2004) e<br />

Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos anexos das convenções de<br />

Berna (Anexo II), Bona (Anexo II), CITES (Anexo II A) e das Directivas Aves/Habitats<br />

(Anexo A-I) (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: O peneireiro-cinzento encontra-se amplamente<br />

distribuído como nidificante no sul da Ásia e África (Rufino, 1994). No Paleártico<br />

Ocidental ocupa zonas de clima temperado quente, mediterrâneo e subtropical,<br />

ocorrendo marginalmente na Europa em Espanha, França e Portugal (BirdLife<br />

International/European Bird Census Council 2000; Rufino, 1994). Em Portugal a sua<br />

distribuição principal compreende o Alentejo e a Beira Baixa, mas também a<br />

Estremadura o vale do Tejo, Beira Alta e Trás-os-Montes, onde se expandiu<br />

ultimamente (ICN, 2006).<br />

Habitat: O seu habitat preferido são terrenos mais ou menos planos, onde é possível<br />

efectuar cerealicultura extensiva sob o coberto de montados abertos (Onofre, 1998).<br />

Pode nidificar em montados mais densos, desde que disponha de clareiras com<br />

cereais e pastagens nas proximidades (Onofre et al., 1986). Na Beira Interior ocorre<br />

em habitats com uma estrutura semelhante mas onde as árvores dominantes são o<br />

carvalho negral e o castanheiro (Rufino, 1989). O habitat no Inverno é similar, excepto<br />

que no Sul muitos indivíduos descem às várzeas fluviais, aos campos de restolho de<br />

arroz ou de outras culturas de regadio (Rufino 1989; Onofre 1998). Frequentemente<br />

utiliza postes ou topos de árvores (Acacia) e outros pontos de observação. Por vezes<br />

penetra em povoamentos humanos (Cramp e Simmons, 1980). No estuário do Tejo<br />

ocorre sobretudo em zonas de montado aberto e nas lezírias (Leitão et al., 1998).<br />

População: Calcula-se que actualmente a tendência populacional do peneireirocinzento<br />

seja de aumento. Com efeito, as observações de campo indicam que os<br />

efectivos aumentaram nos anos mais recentes, por exemplo nalgumas zonas do<br />

Alentejo (Pais, com. pes.) e em Trás-os-Montes, região onde antes não existia<br />

(Monteiro com. pes.; Rufino, 1989; Palma et al., 1999). Apesar de nesta espécie e<br />

neste género serem típicas as flutuações demográficas sazonais ou anuais, inclusive<br />

diminuições e aumentos drásticos a nível local e regional (Ferrero, 1996; Cramp,<br />

1980), a expansão no sudoeste europeu tem sido sustentada desde pelo menos a<br />

década de 1960 (Palma, 1985; Rufino, 1989; Ferrero, 1996). Esta expansão terá sido<br />

favorecida pelo aclaramento, limpeza e colocação sob cultivo cerealífero das áreas de<br />

montados na Península, segundo Palma (1985) e Carbajo e Ferrero (1985). A espécie<br />

no seu limite da área de distribuição, aparentemente encontra-se em fase de<br />

94<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!