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edução nas populações mais numerosas em particular na Rússia e Roménia, no<br />
entanto as populações centro-ocidentais da Europa e do Mediterrâneo Ocidental<br />
apresentam uma tendência de aumento (Wetlands International, 2002). Actualmente a<br />
Lagoa de Santo André é o principal local de conhecido de nidificação e invernada do<br />
Pato-de-bico-vermelho em Portugal (Catry 1993 in Costa e Guedes, 1994). Em Abril<br />
de 1980 o Pato-de-bico-vermelho foi encontrado a nidificar num lagoa artificial<br />
localizada no Mouchão do Lombo do Tejo, tendo sido detectadas 21 ninhadas. Em<br />
1981 e 1982 a população nidificante foi estimada em 20-25 casais, mas em 1990 e<br />
1991 foi observada apenas uma ninhada em cada ano. Desde então, a destruição da<br />
comporta que regulava o nível da água, levou à degradação completa da lagoa e ao<br />
desaparecimento das condições propícias à nidificação da espécie. Apesar disso,<br />
continuam a observar-se com regularidade alguns indivíduos no rio e em tanques de<br />
piscicultura, sendo de admitir a hipótese de a espécie ainda nidificar na zona (Leitão et<br />
al., 1998). No período de 1992/93 e 1997/98 e 2004/05 e 2005/06 apenas foram<br />
recenseados 3 aves (2 em 1996 e 1 em 1997), ambas durante o mês de Março<br />
(Encarnação, dados não publicados).<br />
Factores de Ameaça: Destacam-se a drenagem zonas húmidas, estas são muitas<br />
vezes utilizadas para o cultivo do arroz, o que inviabiliza a sua utilização pela espécie.<br />
É afectada pela construção de infra-estruturas hidráulicas, a subida do nível da água<br />
reduz o caniçal que protege os ninhos da ondulação e/ou a ausência de caniçal pode<br />
levar à inundação dos ninhos. É muito afectado pela poluição da água, por efluentes<br />
domésticos, industriais e agrícolas e ainda pela utilização de adubos, pesticidas e<br />
herbicidas nas zonas de alimentação. A caça ilegal e em particular, acções de caça<br />
com redes de emalhar, representam um dos maiores factores de ameaça para a<br />
espécie no Inverno (ICN, 2006).<br />
Medidas de Conservação: A conservação desta espécie requer a manutenção e o<br />
incremento das áreas de habitat de suporte potencial à nidificação da espécie, bem<br />
como reduzir a perturbação nos locais de nidificação. Assim, a manutenção de zonas<br />
húmidas, especialmente as que tenham áreas de caniçal significativas, e a criação de<br />
zonas de caniçal em torno de massas de água de pequena dimensão, possibilitam a<br />
expansão e a melhor distribuição da espécie, sobretudo durante a época de<br />
reprodução. Por outro lado a espécie beneficiará da melhoria da eficácia do controlo e<br />
tratamento das descargas de efluentes. A informação e sensibilização das populações<br />
em geral e das entidades responsáveis e assegurar a monitorização dos efectivos<br />
nidificantes e invernantes, são medidas necessárias à preservação desta espécie<br />
(ICN, 2006).<br />
Zarro, Aythya ferina<br />
Fenologia: Invernante raro, ocorre no estuário do Tejo entre os meses de Fevereiro e<br />
Março, Agosto e Setembro e Outubro e Dezembro (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Em Portugal ocorrem duas populações, uma residente muito<br />
reduzida (cerca de 15 casais) que tem o estatuto de espécie Em Perigo e uma<br />
população invernante reduzida (250 a 1000 indivíduos) com o estatuto Vulnerável. A<br />
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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)