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ETAPA 1

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Rola-do-mar, Arenaria interpres<br />

Fenologia: Em Portugal continental e nos Açores a espécie é Invernante. Segundo<br />

Catry et al., (1992), em Portugal é um visitante não nidificante razoavelmente comum,<br />

ocorrendo tanto no Inverno como durante a passagem migratória, embora já tenha<br />

sido detectada em todos os meses do ano. No estuário do Tejo ocorre como migrador<br />

de passagem e invernante pouco comum (Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Em Portugal continental a espécie têm o estatuto de Pouco<br />

Preocupante e nos Açores de Informação Insuficiente. A nível internacional é<br />

considerada uma espécie Não Ameaçada pela BirdLife International (2004) e Pouco<br />

Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos anexos das convenções de Berna<br />

(Anexo II) e de Bona (Anexo II) (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: A Rola-do-mar possui uma distribuição holárctica,<br />

nidificando numa vasta área que compreende a maioria do Árctico e se estende desde<br />

a Ilha de Ellesmere e Oeste da Gronelândia até à Escandinávia a Escandinávia e à<br />

Península de Chuckchi (Cramp e Simmons, 1983). É uma espécie essencialmente<br />

migradora, que inverna na orla costeira de todos os continentes. A sua área de<br />

distribuição em Portugal continental abrange sobretudo os estuários e outras zonas<br />

costeiras, a sul da Ria de Aveiro (ICN, 2006a).<br />

Habitat: Prefere plataformas rochosas do litoral e lamas estuarinas, ocorrendo ainda<br />

em menor quantidade em zonas de praia nomeadamente em bancos de areia,<br />

marismas e entre algas, habitualmente em pequeno número. Alimenta-se na beira de<br />

água, esgravatando e virando as pedras e as algas. A dormida é exclusivamente<br />

comunal, usualmente em dormitórios predefinidos perto da primeira zona que fica a<br />

descoberto após a maré-alta. Quando o vento é forte procura abrigo na vegetação, em<br />

cavidades, etc. (ICN, 2006). No estuário do Tejo surge com mais frequência em zonas<br />

com sedimentos arenosos e salinas (Leitão et al., 1998). A rola-do-mar ocorre<br />

sobretudo nas praias próximas da foz do estuário, durante o Outono e Inverno, no<br />

entanto é observada todo ano no estuário. As maiores densidades de aves em<br />

actividade alimentar são observadas em áreas rochosas ou de calhaus perto da foz do<br />

rio (Moreira, 1995).<br />

População: A tendência populacional sugerida pelos censos internacionais é de<br />

incremento. (Wetlands International, 2002), não existindo estimativas seguras para<br />

Portugal. Em Portugal, os censos de aves invernantes indicam uma população média<br />

entre 1000 e 1500 indivíduos (Encarnação, dados não publicados). Ao contrário do<br />

que sucede com a maior parte das outras espécies de limícolas, a rola-do-mar não se<br />

concentra nos grandes estuários e os seus efectivos apresentam-se bastantes<br />

dispersos, o que dificulta a obtenção de uma estimativa para a população invernante<br />

(Elias et al., 1998) (ICN, 2006a). No estuário do Tejo a população média invernante no<br />

período de 1975/1978 foi de 4 aves, apresentando apenas uma observação de 15<br />

aves em 1978 (Rufino, 1978). No Inverno de 1989 foram recenseadas 10 aves (Rufino,<br />

1989) e em 1991, 48 aves (Rufino, 1991). A população média invernante no estuário<br />

do Tejo no período entre 1992 e 1996 foi de 79 indivíduos, com um máximo de 155<br />

aves a ser atingido em Janeiro de 1993. Durante as passagens migratórias é mais<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 173

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