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ETAPA 1

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(Tomialojc, 1994). Em Portugal a espécie distribui-se ao longo da costa em estuários e<br />

lagoas costeiras, a Sul da ria de Aveiro. As aves que nidificam em Portugal passam o<br />

Inverno na costa atlântica de África, da Guiné aos Camarões (Farinha e Costa 1999).<br />

Habitat: Distribui-se essencialmente ao longo da faixa litoral, em zonas de baixa<br />

profundidade, nomeadamente nos estuários, lagunas costeiras, salinas, pisciculturas e<br />

lagoas costeiras. Evita vegetação densa. Reproduz-se geralmente em zonas abertas<br />

perto de água, preferindo ilhas isoladas ou penínsulas, quer em praias de areia ou<br />

seixos, lagos arenosos pouco profundos ou em pequenas ilhotas em grandes rios.<br />

Pode nidificar em zonas de salinas (ICN, 2005). No estuário do Tejo a Chilreta ocorre<br />

nas águas livres e salinas (Leitão et al., 1998).<br />

População: Os censos internacionais sugerem uma situação de estabilidade, o<br />

mesmo sucedendo em Portugal onde apesar de algumas variações pontuais, se têm<br />

mantido os efectivos populacionais nidificantes mais ou menos estáveis desde os anos<br />

70 (Catry 2000, Catry et al., 2004). Os resultados de censos ocorridos em 2000-2002<br />

sugerem uma estimativa de cerca de 440 casais (Catry 2000; Catry et al., 2004). No<br />

estuário do Tejo é mais abundante durante a migração pós-nupcial. Entre o Montijo e<br />

Lisboa foram registados máximos de 50 indivíduos em Julho de 1992 e Agosto de<br />

1991 e 280 em Setembro de 1993. Nas salinas do Samouco em 1992 foram<br />

observados 500, 650 e 44 indivíduos em Julho, Agosto e Setembro, respectivamente,<br />

enquanto que em Julho de 1993 foram registados 553 indivíduos. Nas salinas de Vasa<br />

Sacos registaram-se máximos de 150 e 250 indivíduos em Julho e Agosto de 1992,<br />

respectivamente. Em 2004 durante no período entre Abril a Agosto foram observadas<br />

em média 68,4 aves, surgindo um máximo de 189 aves em Julho (Rocha, dados não<br />

publicados). O primeiro registo de nidificação da espécie no estuário do Tejo refere-se<br />

a três casais nas salinas do Samouco em 1985. Em 1993 foram registados 46 casais,<br />

dos quais 28 estavam localizados no areal do Bugio e os restantes 18 em salinas entre<br />

o Samouco e Vasa Sacos (Leitão et al., 1998). No período entre 1995 e 2005 a<br />

espécie nidificou nas salinas do Samouco apresentando uma população reprodutora<br />

média de 28 casais, obtendo como mínimo 1 casal em 1999 e 2001 e um máximo em<br />

2005 de 74 casais (Rocha, dados não publicados). Neste último ano o sucesso de<br />

eclosão dos ovos foi de 42% (Rocha, 2005).<br />

Factores de ameaça: A pressão turística nos locais de nidificação. As praias estão<br />

sujeitas a grande exploração turística, provocando não só o abandono dos locais de<br />

nidificação em resultado da perturbação, mas também a destruição dos ninhos em<br />

consequência do pisoteio; O abandono e reconversão da actividade salineira<br />

tradicional. A transformação, abandono ou destruição de salinas, importante habitat de<br />

alimentação e de nidificação, deixa esta espécie em muitos casos, sem habitats<br />

alternativos; A predação por gaivotas, cães e gatos domésticos que, ao alimentaremse<br />

dos ovos, provocam importante redução no sucesso reprodutor da espécie; A<br />

poluição da água, por efluentes domésticos, industriais e agrícolas. A utilização de<br />

adubos, pesticidas e herbicidas nas zonas de alimentação e reprodução, contaminam<br />

os recursos alimentares (ICN, 2005).<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 183

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