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ETAPA 1

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• Freixiais termófilos de Fraxinus angustifólia (91B0). Justificação: não foram<br />

registados freixiais na área de estudo. De um modo geral as galerias ripíciolas<br />

existentes, quando arbóreas são dominadas por salgueiro (Salix atrocinerea)<br />

acompanhadas por Choupos (Populus spp.), sendo o freixo (Fraxinus<br />

angustifolia) uma espécie de ocorrência pontual na área de estudo, nunca<br />

ocorrendo em maciço. Deste modo não se considera este habitat presente.<br />

• Florestas de Quercus suber (9330). Justificação: todos os povoamentos de<br />

sobreiro na área de estudo correspondem a povoamentos humanizados e<br />

explorados pela sua cortiça, mesmo nos casos em que o mato cresce durante<br />

vários anos atingindo um porte arborescente e com uma riqueza específica<br />

assinalável. Deste modo as florestas da área de estudo não se enquadram<br />

neste habitat mas sim no 6310 – montados de Quercus.<br />

1.2.2.2 Breve descrição dos habitats naturais<br />

Estuários (1130)<br />

Os estuários são as regiões dinâmicas e heterogéneas, situadas entre a foz e o limite<br />

das águas salobras, em permanente contacto com a água marinha, correspondendo à<br />

parte dos rios sujeita ao fluxo bidiário das marés. Os sistemas estuarinos possuem<br />

elevada complexidade ecológica e geomorfológica, possuindo, para além de áreas<br />

desprovidas de vegetação vascular, áreas com comunidades de plantas vasculares<br />

halófilas ou sub-halófilas, designadas por sapais. Estes desenvolvem-se sobre<br />

lodaçais onde as correntes são incapazes de transportar a totalidade dos sedimentos<br />

e a sua composição florística depende de muitos factores físicos sendo nas nossas<br />

latitudes, exclusivamente herbácea ou arbustiva. A probabilidade e a duração da<br />

submersão pela água da maré são os factores físicos que mais influenciam a<br />

composição e zonação da vegetação dos sapais. Diferenciam-se fundamentalmente<br />

três tipos de sapal: alto, médio e baixo. O sapal baixo situa-se em zonas mais baixas,<br />

permanentemente saturadas com água salgada, o sapal médio apresenta condições<br />

intermédias entre os sapais baixo e alto e finalmente o sapal alto só é visitado pelas<br />

águas marinhas durante a maré-alta. Os sapais proporcionam condições ecológicas<br />

muito selectivas para as plantas e apenas um pequeno número de espécies halófitas<br />

existe nestes locais. As espécies características do sapal baixo pertencem às famílias<br />

Chenopodiaceae e Gramineae (Spartina sp. ou Puccinellia sp.). O sapal médio<br />

também é dominado por plantas da família Chenopodiaceae. O sapal alto apresenta<br />

além das Chenopodiaceae, espécies de outras famílias (Gramineae, Compositae ou<br />

Plumbaginaceae).<br />

Subtipo: Estuários mediterrânicos (1130pt1)<br />

Os estuários mediterrânicos são um tipo de estuários que estão sujeitos a marés de<br />

menor amplitude, e a uma estação seca prolongada, o que origina uma maior<br />

concentração de sais no sapal alto. Apresentam uma maior diversidade florística,<br />

quando comparados com os sapais dos territórios eurosiberianos.<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 15

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