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Frisada Anas strepera<br />
Fenologia: Em Portugal ocorrem duas populações, uma residente e outra invernante.<br />
No Estuário a espécie é invernante pouco comum. Ocorre no estuário entre os meses<br />
de Setembro a Maio ocorrendo ainda durante o mês de Agosto, os registos mais<br />
relevantes ocorrem em Novembro (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Em Portugal população residente tem o estatuto de<br />
Vulnerável e a invernante Quase Ameaçada. A nível europeu é considerada<br />
Depauperada pela BirdLife International (2004) e pouco preocupante pela IUCN<br />
(2001). Está incluída nos anexos das convenções de Berna (Anexo III), Bona (Anexo<br />
II), na Directiva Aves/Habitats (Anexo D) e incluída na Lei de Bases de Caça (ICN,<br />
2006).<br />
Distribuição e movimentos: A área de distribuição inclui grande parte da América do<br />
Norte e da Eurásia. Durante a época de invernada ocorre na América do Norte e<br />
Central, no Sul e Centro da Europa, Norte de África e Sul da Ásia (del Hoyo et al.,<br />
1992). Contrariamente à maioria das restantes espécies de anatídeos, apresenta uma<br />
distribuição bastante dispersa durante o Inverno, não formando grande concentrações.<br />
De todas as espécies de patos de superfície que ocorrem em Portugal, é a que se<br />
distribui mais a Sul e, nas regiões temperadas, são habitualmente encontradas a<br />
invernar nos locais de nidificação (Madge e Burn).<br />
Habitat: A frisada é uma das espécies de anatídeos que nidifica em Portugal,<br />
associada a meios de água doce (Rufino, 1989 in Costa e Guedes, 1994). Os habitats<br />
preferidos são lagos e albufeiras da água doce e pauis com vegetação aquática.<br />
Ocorre localmente em estuários e raramente em zonas costeiras (Madge e Burn, 1988<br />
in Costa e Guedes, 1997). No estuário do Tejo ocorre na zona entre-marés, e águas<br />
pouco profundas do estuário (Leitão et al., 1998). No Inverno de 2005/06 foi observada<br />
sobretudo no Mouchão do Lombo do Tejo.<br />
População: A população desta espécie encontra-se actualmente em expansão na<br />
Europa (Fox, 1988; Monval e Pirot, 1989), sendo a população mediterrânica estimada<br />
em cerca de 75.000 indivíduos (Rose e Scott, 1994). Em Portugal ocorrem duas<br />
populações, uma residente estimada entre 250 e 1000 indivíduos, e uma Invernante<br />
com um efectivo inferior a 1000 indivíduos (Costa e Guedes, 1997). As contagens de<br />
1992/93 mostram que o número de frisada no estuário do Tejo muito é reduzido tendo<br />
sido observadas 6 aves. A população média invernante entre 1993 e 1998 foi de 34<br />
aves. Em 2004/05 e 2005/06 foram recenseadas 2 e 77 aves respectivamente, sendo<br />
este último valor, o máximo de aves recenseadas no estuário do Tejo (Encarnação,<br />
dados não publicados).<br />
Marrequinha, Anas crecca<br />
Fenologia: Em Portugal a espécie é Invernante. No estuário do Tejo é Invernante<br />
comum, ocorrendo entre os meses de Agosto a Maio e ainda durante o mês de Junho,<br />
e apresenta máximos entre os meses de Dezembro a Fevereiro (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Em Portugal continental a população tem o estatuto de Pouco<br />
Preocupante. A nível europeu é considerada Não Ameaçada pela BirdLife International<br />
ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 83