22.11.2013 Views

ETAPA 1

ETAPA 1

ETAPA 1

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

espeita à sua alimentação (Rufino, 1989). Ocorre ainda em paisagens abertas com<br />

árvores ou bosques dispersos, mesmo longe de água. Frequenta quase todos os<br />

biótopos existentes no estuário do Tejo (Leitão et al., 1998).<br />

População: a população nidificante nacional foi estimada em cerca de 1000 a 10 000<br />

casais (Rufino, 1989). No estuário do Tejo ocorre sobretudo na zona de Pancas. A<br />

população nidificante no estuário não ultrapassará os dois casais (Leitão et al., 1998).<br />

Foi observado em Junho de 2006, na barragem do Vale Cobrão um máximo de 2<br />

aves. Miravent (2000), refere a ocorrência de um casal com nidificação possível em<br />

1999 na área do Campo de Tiro.<br />

Factores de ameaça: O milhafre-preto é ilegalmente perseguido dentro das zonas de<br />

regime cinegético especial e os ninhos são frequentemente pilhados ou destruídos<br />

(Leitão et al., 1998).<br />

Medidas de Conservação: Ampliar as sanções legais para os prevaricadores em<br />

matéria de perseguição/abate de espécies protegidas. Aumentar eficácia dos meios e<br />

dos esforços de fiscalização em zonas rurais. Compatibilizar a gestão cinegética com<br />

a conservação de aves de rapina, em zonas de caça através do estabelecimento de<br />

protocolos e implementação de manuais de gestão ambiental. Assegurar protecção e<br />

vigilância aos dormitórios importantes da espécie, nomeadamente condicionando os<br />

acessos. Realizar uma campanha nacional de sensibilização e educação ambiental da<br />

população rural relativamente às aves de rapina.<br />

Milhafre-real, Milvus milvus<br />

Fenologia: Em Portugal a espécie é residente e invernante. No estuário do Tejo<br />

ocorre como migrador de passagem, não nidificante, sobretudo nos meses de Janeiro,<br />

Março a Abril, Maio a Junho, Julho, Agosto e Outubro a Dezembro (Leitão et al.,<br />

1998).<br />

Estatuto de Protecção: A espécie ocorre em Portugal em duas populações: uma<br />

residente que está Criticamente em Perigo e uma segunda invernante com estatuto<br />

Vulnerável. Ao nível internacional apresenta o estatuto espécie Em Declínio pela<br />

BirdLife International (2004) e Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos<br />

anexos das convenções de Berna (Anexo II), Bona (Anexo II), CITES (Anexo II A) e<br />

das Directivas Aves/Habitats (Anexo A-I) (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: Está restrita essencialmente ao Paleártico Ocidental,<br />

desde a Península Ibérica até à Ucrânia, Rússia e Geórgia, tendo como limite<br />

setentrional o sul da Suécia e limite meridional o extremo Norte de Marrocos<br />

(Hagmeijer e Blair, 1997). As populações da Europa Setentrional e Central são<br />

essencialmente migradoras, invernando ao longo da bacia mediterrânica, enquanto as<br />

populações meridionais são residentes ou dispersivas (Cramp e Simmons, 1980). A<br />

invernada da espécie na Península Ibérica pode considerar-se relativamente<br />

importante. Segundo diversos autores (De Juana et al., 1988; Snow e Perrins 1998,<br />

Costa 1998; Viñuela et al., 1999), a maior parte dos milhafres-reais que invernam na<br />

Península serão originários da Europa Central, particularmente da Alemanha. Em<br />

Portugal, a distribuição actual da população nidificante está bastante fragmentada, na<br />

96<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!