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ETAPA 1

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1.2.1.1 Fitoplâncton<br />

O fitoplâncton é a base da produtividade aquática marinha e estuarina. Estima-se em<br />

cerca de 4 400 ton o carbono produzido anualmente no estuário através do<br />

fitoplâncton. O fitoplâncton entra na cadeia alimentar através do zooplâncton, mas<br />

também através de organismos bentónicos filtradores, como as ostras e certos peixes,<br />

por exemplo a sardinha e a anchova (Costa e Salgado, 1999).<br />

No estuário do Tejo os valores de produtividade do fitoplâncton são estimados em<br />

cerca de 26 g Cm -2 ano -1 (Cabeçadas, 1999). Em termos taxonómicos, o grupo das<br />

diatomáceas é o mais representado, constituindo 31 a 67% das comunidades<br />

fitoplanctónicas, seguido das Cryptophyceae, as quais podem no entanto dominar no<br />

verão, constituindo uma parte significativa dos “blooms” de algas.<br />

A salinidade é um factor importante na distribuição do fitoplâncton. O fitoplâncton de<br />

água doce predomina nas regiões superiores do estuário enquanto mais a jusante<br />

domina o fitoplâncton estuarino. As espécies eurihalinas são comuns nos estuários,<br />

como a diatomácea Skeletonema costatum que é abundante ao longo de todo o ano<br />

no estuário do Tejo. Outras espécies frequentes nas amostragens efectuadas por<br />

Gameiro (2000) no estuário são Asterionella japonica, Chaetoceros sp., Navicula sp.,<br />

Nitzschia sp., Thalassiosira spp. e Leptocylindrus minimus (diatomáceas).<br />

No que respeita a variações sazonais verifica-se uma variação quantitativa e<br />

qualitativa relacionada com a quantidade de água doce que aflui ao estuário e com as<br />

marés. Apesar desta variação verifica-se pouca estratificação das massas de água,<br />

apresentando o estuário uma mistura homogénea durante a maior parte do ano. São<br />

referidos também por Gameiro (2000) a existência de “blooms” de algas durante a<br />

Primavera (Abril) e Verão.<br />

1.2.1.2 Microfitobentos<br />

O microfitobentos está presente na superfície dos sedimentos intertidais, sendo fonte<br />

de alimento para vários invertebrados bentónicos que colonizam os mesmo bancos,<br />

que por sua vez são consumidos por aves limícolas e/ou por peixes. Este grupo é<br />

responsável pela produção de mais cerca de 11 000 ton C/ano (Cabeçadas, 1999 e<br />

Brotas, 1995 in Dias e Marques, 1999), sendo um elo fundamental da teia trófica<br />

estuarina, tendo uma função para o zoobentos equivalente à do fitoplâncton para as<br />

comunidades zooplanctónicas.<br />

No que respeita à distribuição do microfitobentos e à sua variabilidade, vários autores<br />

(Cartaxana et al., 2006) têm referido a ausência de tendências definidas sazonais no<br />

estuário do Tejo, as quais poderão ser ultrapassadas por uma variabilidade quinzenal<br />

(Serôdio e Catarino, 2000). Em relação ao tipo de sedimento, um dos mais<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 7

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