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ETAPA 1

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(del Hoyo et al., 1996). Em Portugal ocorre principalmente em zonas húmidas,<br />

costeiras e interiores (Farinha e Costa, 1999).<br />

Habitat: Ocorre principalmente nas margens de rios, lagoas, albufeiras, campos<br />

agrícolas alagados, sapais e mais raramente em zonas costeiras (por exemplo, áreas<br />

entre-marés). É observado no estuário do Tejo em salinas e terrenos agrícolas<br />

alagados (Leitão et al., 1998). No estuário do Tejo a espécie ocorre com maior<br />

abundância na Giganta e Companhia das Lezírias.<br />

População: Esta espécie tem sido monitorizada nas zonas estuarinas desde a década<br />

de 1970. A análise destes censos até 2000 permitiu verificar que se trata de uma<br />

espécie que ocorre em reduzida abundância na maior parte dos anos. O efectivo<br />

populacional tem permanecido estável, tendo na última década oscilado entre 50 a<br />

300 indivíduos (Sousa, 2002b). No entanto, devido à sua presença em outros locais<br />

esta estimativa poderá estar subestimada (Farinha e Costa 1999) (ICN, 2006). No<br />

estuário do Tejo a população média invernante no período de 1975/1978 foi de 6 aves,<br />

apresentando um máximo de 9 aves em 1976 (Rufino, 1978). No Inverno de 1991 foi<br />

recenseada 1 ave (Rufino, 1991). Em finais de Julho de 1981 foram contados 930<br />

indivíduos (Leitão et al., 1998). A migração pré-nupcial através do estuário do Tejo<br />

inicia-se logo no princípio de Fevereiro. Em 23 Fevereiro de 1993 foram observados<br />

pelo menos 200 aves abandonando o estuário para se irem alimentar em campos de<br />

arroz. Na migração pós-nupcial, o número de aves vistas no Tejo é geralmente<br />

reduzido (máximo de 231 aves em Setembro de 1993). Nos Invernos de 1995/98<br />

foram observadas 4 aves, 22 aves entre 2000 e 2001 e 131 aves em 2004<br />

(Encarnação, dados não publicados). Em Março de 2005 foram observadas 9 aves<br />

nas salinas do Samouco (Rocha, dados não publicados).<br />

Factores de ameaça: Perda ou degradação de habitat (por acção do Homem),<br />

nomeadamente abandono ou degradação de habitats estuarinos e a destruição ou<br />

degradação das zonas entre marés (ICN, 2006).<br />

Medidas de Conservação: A maior parte das áreas estuarinas utilizadas por esta<br />

população durante o Inverno estão incluídas em áreas com estatuto legal de protecção<br />

(Reservas Naturais, Zonas de Protecção Especial, Sítio Ramsar). Várias outras zonas<br />

foram recentemente desiganadas como Zonas Importantes para as Aves (Costa et al.,<br />

2003). No entanto, é necessário assegurar a conservação do habitat e a minimização<br />

dos factores de ameaça referidos. É necessário obter estimativas mais fiáveis da sua<br />

abundância e distribuição (ICN, 2006).<br />

Narceja-comum, Gallinago gallinago<br />

Fenologia: Em Portugal continental a espécie é invernante, migrador de passagem e<br />

nidificante no Noroeste do país. Nos Açores a espécie é residente. No estuário do Tejo<br />

ocorre como invernante comum (Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Em Portugal a população nidificante tem o estatuto de<br />

Criticamente em Perigo e a população Invernante de Pouco Preocupante. No<br />

arquipélago dos Açores a espécie apresenta Informação Insuficiente. A nível<br />

internacional é considerada uma espécie Em Declínio pela BirdLife International (2004)<br />

158<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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