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ETAPA 1

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e Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos anexos das convenções de<br />

Berna (Anexo III), de Bona (Anexo II), das Directivas Aves/Habitats (Anexo D) e<br />

incluída na Lei de Bases de Caça (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: Distribui-se desde o Norte e Centro da Europa, Ásia e<br />

América do Norte. A subespécie que ocorre em Portugal distribui-se desde as ilhas<br />

britânicas, Escandinávia e Oeste da Europa, abrangendo o Norte e Centro da Eurásia<br />

até ao estreito de Bering (del Hoyo et al., 1996; Hagemeijer e Blair, 1997). Em Portugal<br />

continental a distribuição actual da população nidificante é muito restrita, no Norte do<br />

território, provavelmente num único local. A sua área se distribuição tem diminuindo<br />

durante as últimas décadas (Santos 1979; Rufino 1989; Pimenta e Santarém 1996;<br />

ICN dados não publicados). Nos Açores a espécie ocorre em todos os grupos do<br />

arquipélago, não existindo contudo confirmação da nidificação em todas as ilhas.<br />

Habitat: No continente, os habitats utilizados para a nidificação são caracterizados por<br />

solos com elevado conteúdo de matéria orgânica, rico em invertebrados e com<br />

cobertura herbácea. Por essa razão prefere zonas húmidas de altitude,<br />

nomeadamente matos higrófilos e lameiros abandonados. Nos Açores a espécie<br />

nidifica em terras alagadiças, nomeadamente em zonas de turfeira. Ocorre no estuário<br />

do Tejo em biótopos alagados dulciaquícolas, como restolhos alagados de milho e<br />

arroz, margens de valas, açudes, charcos temporários e por vezes salinas, sapais e<br />

caniçais (Leitão et al., 1998).<br />

População: A população do oeste da Europa tem mantido valores estáveis durante as<br />

últimas décadas (Wetlands International, 2002). Em Espanha, durante a última<br />

década, a sua população tem também mantido valores estáveis (Salvadores et al.,<br />

2003). Em Portugal continental a população invernante parece sofrer variações<br />

apreciáveis em certos locais, provavelmente em consequência da variabilidade dos<br />

movimentos realizados em direcção a áreas mediterrânicas, quando as condições<br />

meteorológicas no Norte e Leste da Europa são mais rigorosas (Moore, 1998). Sobre a<br />

população nidificante não existem dados pormenorizados da sua tendência de<br />

declínio. Contudo, a área de distribuição tem diminuído durante as ultimas décadas<br />

(Santos 1979; Rufino 1989; Pimenta e Santarém 1996; ICN em prep.). As dificuldades<br />

de detecção da espécie limitam a obtenção de dados sobre a dimensão da população,<br />

pelo que não são conhecidos os números de invernantes. Quanto à população<br />

nidificante, existem poucas estimativas fiáveis, admitindo-se que contenha menos de<br />

50 indivíduos maturos. A nidificação foi raramente confirmada durante as últimas<br />

décadas. Desde a última confirmação de nidificação nos finais da década de 1970<br />

(Santos, 1979) o mais recente registo de nidificação confirmada foi em 2003, ano em<br />

que se detectaram 3 ninhos (Pimenta e Santarém em prep). No estuário do Tejo a<br />

população invernante em 1991, foi de 41 aves (Rufino, 1991). No Inverno de 1991/92<br />

as densidades desta espécie nos restolhos de milho e arroz, e nas valas da lezíria do<br />

estuário do Tejo ultrapassaram frequentemente 5 aves / 10ha, tendo sido mais baixa<br />

nas pastagens (Leitão et al., 1998). Nos Invernos de 1995/98 foram observadas 8 aves<br />

e em 2004, 50 aves sobretudo na Giganta e companhia das Lezírias (Encarnação,<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 159

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