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ETAPA 1

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estuários, rias, salinas, cursos de água, pauis, açudes, com elevado grau de<br />

segurança face à perturbação e à predação. Evita águas estagnadas ou turbulentas,<br />

com densa vegetação, quer seja submersa, a flutuar ou emergente (ICN, 2006). No<br />

estuário do Tejo ocorre em zonas entre marés, tanques de salinas e arrozais (Leitão et<br />

al., 1998). Os maiores registos da população invernante ocorrem na área<br />

compreendida pela Reserva Integral.<br />

População: A população invernante no Mediterrâneo Ocidental e na costa Ocidental<br />

de África, na Europa Ocidental apresenta-se em aumento (Wetlands International<br />

2002). Em Portugal o colhereiro chegou a desaparecer como nidificante, contudo na<br />

última década estabeleceu-se como nidificante em vários locais (Paul do Boquilobo,<br />

Barragem de Odivelas, Pêro Pião e Ria Formosa) e, desde então, o número de casais<br />

reprodutores tem aumentado (Elias et al., 1998). Estima-se que o seu número esteja<br />

entre 100 e 250 indivíduos (Encarnação, dados não publicados). Os censos de aves<br />

aquáticas invernantes indicam que a população invernante deve compreender 250 e<br />

1.000 indivíduos (Rufino 1993; Costa e Rufino 1993, 1996 e 1997; Encarnação e<br />

Guedes, dados não publicados). A maior parte das observações realizadas no estuário<br />

do Tejo referem-se a indivíduos isolados ou bandos de pequena dimensão. A 26 de<br />

Novembro de 1990 observou-se um bando com 26 indivíduos em Pancas (Leitão et<br />

al., 1998). Em Janeiro de 1992, 1993, 1995 e 1996 foram recenseados 8, 7, 34 e 36<br />

aves, respectivamente (Costa e Rufino, 1993, 1995, 1996). No período de 1996/97 e<br />

1997/98 foram recenseados em média 78 indivíduos, apresentando um máximo de 80<br />

aves observadas em Fevereiro de 1997 (Encarnação, dados não publicados). No<br />

estuário o número de colhereiros invernantes tem vindo a aumentar, comprovando-se<br />

esta tendência de crescimento nos censos realizados nos Invernos de 2004/05 e<br />

2005/06, onde foram registados 267 e 476 (48% da população nacional) indivíduos,<br />

respectivamente (Encarnação, dados não publicados).<br />

Factores de ameaça: Destacam-se a drenagem de zonas húmidas naturais ou<br />

artificiais e corte de árvores ao longo da margem dos rios, lagoas e albufeiras, que<br />

resultam na em perda e degradação quer do habitat de alimentação como dos locais<br />

de nidificação. Também a perturbação exercida por actividades associadas ao turismo<br />

e prática de desportos aquáticos, nomeadamente nas proximidades das margens onde<br />

se situam os seus locais de nidificação, tem afectado particularmente esta espécie<br />

devido à sua pouca tolerância à presença humana. Dada a sua grande dependência<br />

do meio aquático, é muito afectada pela poluição da água, por efluentes domésticos,<br />

industriais e agrícolas e ainda pela utilização de adubos, pesticidas e herbicidas nas<br />

zonas de alimentação (ICN, 2006).<br />

Medidas de Conservação: A conservação desta espécie requer a manutenção e<br />

incremento das áreas de habitat de suporte potencial para a nidificação da espécie em<br />

bom estado de conservação. É também necessária a manutenção e melhoria das<br />

condições nos habitats de alimentação através da melhoria da eficácia do controlo e<br />

tratamento das descargas de efluentes. Carece também de medidas que visam reduzir<br />

a perturbação nos locais de nidificação. A monitorização dos efectivos nidificantes é<br />

fundamental (ICN, 2006).<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 77

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