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ETAPA 1

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Invernos de 2004/05 e 2005/06 foram registadas 9 e 85 aves, respectivamente<br />

(Encarnação, dados não publicados).<br />

Factores de ameaça: A drenagem de pastagens húmidas e outras zonas húmidas<br />

constitui uma ameaça porque aqueles biótopos são muito importantes como áreas de<br />

alimentação da espécie. A poluição da água por efluentes domésticos, industriais e<br />

agrícolas. A utilização de adubos, pesticidas e herbicidas nas zonas de alimentação,<br />

sobretudo em arrozais, contamina os recursos alimentares, reduzindo-os e ainda<br />

diminui a fertilidade da espécie e aumenta a frequência de ocorrência de deformações<br />

nas crias. A colisão e electrocussão em linhas aéreas de transporte de energia uma<br />

vez que espécie utiliza frequentemente apoios eléctricos como poiso, dormitório e local<br />

de nidificação (Rosa et al., 2005).<br />

Medidas de Conservação: Condicionar drenagens de pastagens húmidas e zonas<br />

húmidas; Restringir o uso de agro-químicos em áreas importantes de alimentação,<br />

nomeadamente arrozais, e adoptar técnicas de controlo alternativas; Manter e<br />

melhorar a qualidade da água pelo tratamento eficaz das descargas de efluentes.<br />

Fiscalizar e controlar o funcionamento e eficácia das ETAR e monitorizar a qualidade<br />

da água. Reduzir a mortalidade de aves por colisão e electrocussão em linhas aéreas<br />

de transporte de energia. Corrigir e sinalizar traçados e apoios da rede de distribuição<br />

de electricidade que sejam muito perigosos para a espécie; Monitorizar o impacte das<br />

linhas eléctricas de transporte de energia nas áreas mais importantes da Espécie<br />

(Rosa et al., 2005).<br />

Família Therskiornithidae<br />

Maçarico-preto, Plegadis falcinellus<br />

Fenologia: Em Portugal a espécie é Reprodutora (ICN, 2006). Ocorre no estuário do<br />

Tejo como migrador de passagem raro.<br />

Estatuto de Protecção: Espécie com estatuto de Regionalmente Extinto em Portugal.<br />

A nível europeu é considerada uma espécie Pouco Preocupante pela IUCN (2001).<br />

Está incluído nos anexos das convenções de Berna (Anexo II), Bona (Anexo II), e da<br />

Directiva Aves/Habitats (Anexo A -I) (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: A sua área de nidificação apresenta uma distribuição<br />

alargada, mas bastante descontínua, que inclui a região mediterrânica, Europa central,<br />

África, sudoeste da América do Norte, Antilhas, sudoeste asiático e Oceania. O<br />

maçarico-preto é uma espécie migratória e dispersiva, possuindo um carácter nómada.<br />

No Outono, as aves que nidificam na região Paleártica Ocidental migram, na sua<br />

maioria, para África subsariana, para Sul do Sara (Moreau 1972; del Hoyo et al.,<br />

1992), ocorrem movimentos dispersivos de imaturos e de adultos em todas as<br />

direcções a partir das áreas de nidificação. Nos últimos 100 anos tem-se verificado<br />

uma acentuada contracção da área de distribuição na Europa e Norte de África,<br />

restringindo-se actualmente a algumas regiões circundantes ao Mar Mediterrâneo e<br />

Europa Central (Moreau, 1972; Cramp e Simmons, 1977). No entanto, surgem<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 75

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