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ETAPA 1

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Campos de forrageiras – A forragem consiste num conjunto de espécies<br />

(denominadas forrageiras) provenientes da área, destinadas à produção de rações<br />

para o gado. A lavra e sementeira dos talhões processam-se em Outubro ou<br />

Novembro, decorrendo a ceifa a partir de Abril e, sobretudo, em Maio e Junho. As<br />

searas de forragem desenvolvidas constituem, tal como os campos de cereal, biótopos<br />

muito densos e de grande cobertura, em que a maioria das plantas atinge cerca de 1,5<br />

metros de altura. As espécies mais bem representadas são Melilotus messanensis (L.)<br />

All, Brassica nigra (L.) Koch e várias espécies de gramíneas (Avena sterilis L.,<br />

Hordeum marinum Hudson, Bromus diandrus Roth, etc; Tomé, 1994). O número de<br />

espécies que ocorrem neste biótopo é relativamente estável, apresentando um<br />

máximo de 12 e um mínimo de 8 espécies. As densidades de aves variaram sobretudo<br />

no Inverno (entre 2,9 e 6,8 aves/ha), permanecendo relativamente constantes na<br />

Primavera (5 aves/ha). Nas forragens a laverca e a fuínha-dos-juncos são espécies<br />

residentes, ocorrendo 5 espécies invernantes, o peneireiro-vulgar, o abibe, a<br />

tarambola-dourada, a petinha-dos-prados e a felosinha. Como estivais, ocorrem a<br />

codorniz, o andorinhão-preto, a calhandrinha, a andorinha-das-chaminés, a alvéolaamarela<br />

e o trigueirão. Durante a ceifa das forragens, entre Maio e Abril, espécies,<br />

como a codorniz, a alvéola-amarela, a fuinha-dos-juncos e o trigueirão, diminuem a<br />

sua abundância ou acabam mesmo por desaparecer (Leitão, 1993).<br />

Restolhos de forragem – Muito semelhantes em termos fisionómicos e estruturais<br />

aos restolhos de cereal, a sua utilização é semelhante. No Verão são, da mesma<br />

forma, normalmente usados como pastagens. No Outono podem ser lavrados e<br />

permanecer com alqueives até à Primavera seguinte (sendo então, semeados com<br />

girassol) ou, ao contrário do que acontece com os restolhos de cereal, imediatamente<br />

semeados com cereal ou forragem. Podem, também, permanecer em pousio durante<br />

todo o Inverno, sendo aproveitados como pastagens ou lavrados na Primavera (Tomé,<br />

1994).<br />

Arrozal – Existem várias zonas de arrozal. O arrozal da Giganta é fortemente<br />

mecanizado, caracteriza-se pela divisão dos terrenos de cultivo em parcelas, cujas<br />

margens são rectilíneas e perpendiculares. Estas parcelas (canteiros) ocupam, de<br />

modo geral, 3 a 4 ha. Apresentam um complexo sistema de irrigação e de drenagem<br />

por valas ladeadas por vegetação, constituída por Typha sp. e Phragmites sp.. O arroz<br />

Oryzea sativa, planta herbácea anual, é cultivada de Abril/Maio a Setembro/Outubro<br />

(nesta zona), em terreno inundado quase permanente. No resto do ano, os terrenos de<br />

cultivo de arroz encontram-se secos (em condições meteorológicas para época),<br />

ocorrendo em consequência do ciclo anual de cultivo. O nível de água oscila entre os<br />

5 e 20 cm, no entanto, a seguir à utilização de herbicidas, pode ser drenada toda a<br />

água, mantendo-se os terrenos quase secos. Este arrozal de 645 ha encontra-se<br />

envolvido por pastos e é explorado desde 1991 (Martins, 1999).<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 57

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