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ETAPA 1

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(Rocha, 2005). O número médio de médio de aves observadas no período de 1990/93,<br />

foi de 372 aves, correspondendo a 20,2 % do efectivo nacional (Moreira, 1995).<br />

Factores de ameaça: A pressão turística nos locais de nidificação, devido a<br />

perturbação, mas também a destruição dos ninhos em consequência do pisoteio; O<br />

abandono e reconversão da actividade salineira tradicional. A transformação ou<br />

destruição de salinas, importante habitat de alimentação e de nidificação; A caça<br />

ilegal, incluindo a caça fora da época, seja o abate directo ou a perturbação provocada<br />

pelo exercício da caça a outras espécies, é um problema grave. Para além do Homem,<br />

muitos animais, como raposas, gaivota, cães e gatos domésticos alimentam-se dos<br />

ovos, provocando importante redução no sucesso reprodutor da espécie; A poluição<br />

da água, por efluentes domésticos, industriais e agrícolas; A destruição do habitat de<br />

descanso e alimentação (ICN, 2006).<br />

Medidas de Conservação: Efectuar a protecção efectiva das zonas mais importantes<br />

de reprodução evitando a sua ocupação por actividades turísticas ou promovendo a<br />

criação de zonas de nidificação artificiais; Manter as salinas em actividade e efectuar<br />

gestão adequada das salinas abandonadas, nomeadamente através de medidas<br />

específicas de incentivo, nas áreas mais importantes para a conservação da espécie;<br />

Restringir o exercício da caça e da exploração cinegética inadequada nos locais de<br />

descanso e de invernada; Reduzir a predação, nomeadamente pela construção de<br />

cercas eléctricas à volta das colónias, nos locais de nidificação e controlando os<br />

animais assilvestrados; Manter e melhorar a qualidade da água pelo tratamento eficaz<br />

das descargas de efluentes. Fiscalizar e controlar o funcionamento e eficácia das<br />

ETAR e monitorizar a qualidade da água; Restringir o uso de agro-químicos e adoptar<br />

técnicas alternativas; Proceder a fiscalização adequada sobre a perturbação humana<br />

decorrente da actividade turística; Elaborar os planos de gestão / ordenamento dos<br />

locais de que a espécie depende, nomeadamente das ZPE’s mais importantes para a<br />

espécie; Monitorizar os efectivos populacionais; Promover estudos sobre aspectos<br />

básicos da biologia da espécie (ICN, 2006a).<br />

Tarambola-dourada, Pluvialis apricaria<br />

Fenologia: Em Portugal a espécie é Invernante. No estuário do Tejo ocorre como<br />

invernante comum (Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Em Portugal a espécie tem o estatuto de Pouco Preocupante.<br />

A nível internacional é considerada Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está<br />

incluída nos anexos das convenções de Berna (Anexo III), de Bona (Anexo II), das<br />

Directivas Aves/Habitats (Anexo I, D) e incluída na Lei de Bases de Caça (ICN, 2006).<br />

Habitat: No estuário do Tejo, ocorre em toda a lezíria, onde frequenta pastagens,<br />

forragens e terrenos lavrados (Leitão et al., 1998).<br />

População: No estuário do Tejo a população a invernante em 1990/1991 foi de 79<br />

aves (Rufino, 1991). No Inverno de 1991/92 as densidades de Tarambola-dourada<br />

variam entre 5 e 26 aves/10ha em Novembro e Dezembro e entre 0,4 e 7aves/10ha<br />

em Janeiro e Fevereiro. Esta forte diminuição na abundância a partir de Janeiro<br />

poderá ter estado relacionada, entre outros factores, com a elevada pressão<br />

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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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