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ETAPA 1

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pato-trombeteiro foi de 578 aves registado durante Janeiro de 2005 (Rocha, dados não<br />

publicados).<br />

Factores de Ameaça: Perda de habitat, em resultado da drenagem e destruição de<br />

zonas húmidas, e a sua degradação da sua qualidade devido à poluição da água por<br />

efluentes domésticos, industriais e agrícolas. Começam a registar-se alguns surtos de<br />

mortalidade elevada durante o Verão em resultado da alimentação em lagoas das<br />

estações de tratamento de águas residuais, muito eutrofisadas. Também a<br />

perturbação provocada pelo homem ameaça a sua fixação em locais apropriados à<br />

nidificação, normalmente pequenos açudes e pauis fora de áreas protegidas (ICN,<br />

1996).<br />

Medidas de Conservação: Esta espécie beneficiará com a manutenção dos níveis de<br />

água nas áreas onde nidifica, bem como com a minimização da perturbação nos locais<br />

quer de nidificação quer de invernada e, principalmente, com o controlo da caça ilegal.<br />

Por outro lado a espécie beneficiará da melhoria da eficácia do controlo e tratamento<br />

das descargas de efluentes. Importa também assegurar a monitorização dos efectivos<br />

invernantes (ICN, 1996).<br />

Pato-de-bico-vermelho, Netta rufina<br />

Fenologia: Em Portugal a espécie ocorre como residente e invernante. No estuário do<br />

Tejo é uma espécie nidificante rara, sendo observada entre os meses Maio a Abril,<br />

Maio a Julho e em Outubro (Leitão et al., 1998).<br />

Estatuto de Protecção: Em Portugal ocorrem duas populações, uma residente muito<br />

reduzida (50 a 250 indivíduos) que tem o estatuto de espécie Em Perigo e uma<br />

população invernante reduzida (250 a 1000 indivíduos) com o estatuto Quase<br />

Ameaçada. A nível europeu é considerada uma espécie em Não Ameaçada pela<br />

BirdLife International (2004) e Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos<br />

anexos das convenções de Berna (Anexo III) e Bona (Anexo II).<br />

Distribuição e movimentos: Distribui-se pela Eurásia, em núcleos populacionais<br />

dispersos desde a Península Ibérica até ao Centro e Sudeste asiático, estando no<br />

entanto maioritariamente concentrada entre o Mar Negro e Turquia, até Noroeste da<br />

China. É parcialmente migradora, encontrando-se durante o Inverno na bacia<br />

mediterrânica (onde também são residentes), Sudoeste da Rússia, Índia e Sudeste<br />

asiático. Apresenta na Europa uma distribuição fragmentada em numerosos núcleos<br />

reprodutores, encontrando-se a maior parte da população na Europa Ocidental (del<br />

Hoyo et al., 1992)<br />

Habitat: Nidifica em lagoas eutróficas médias ou de grande dimensão, em zonas<br />

baixas que estão limitadas com caniçais. Frequenta também lagoas de água salobra,<br />

estuários e outras zonas costeiras com caniçais. Fora da época de nidificação,<br />

encontra-se em águas costeiras ou interiores, em espaços abertos ou rodeados de<br />

caniçais, com vegetação bem desenvolvida e submersa; lagoas costeiras, estuários,<br />

pisciculturas, pauis, charcos salinos e alcalinos, barragens e açudes (ICN, 2006)<br />

População: A população mediterrânica é estimada em 20 000 indivíduos (Rose e<br />

Scott, 1994). Nas últimas décadas do século XX, o pato-de-bico-vermelho sofreu uma<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 89

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