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ETAPA 1

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Quadro 1.3.1. Número de espécies por grupo ecológico.<br />

Grupo ecológico 1978-1980 1994-1996<br />

Residentes 25 35<br />

Anádromos 3 0<br />

Catádromos 3 6<br />

“nursery” 18 16<br />

Marinhas ocasionais 46 40<br />

dulciaquícolas 5 3<br />

Total 39 42<br />

Verifica-se que espécies comuns no estuário como os Syngnathidae, no período 94-96<br />

tornaram-se raras, enquanto outras pouco habituais mostram um aumento, tal como o<br />

caboz (Gobius spp.), o sargo (Diplodus vulgaris), a taínha (Liza ramada), o charroco<br />

(Halobatrachus didactylus) e a corvina (Argyrossomus regius). A maior parte das<br />

espécies piscícolas ocorrentes no estuário do Tejo são espécies cujo habitat<br />

predominante é a zona marinha costeira e que frequentam o estuário ocasionalmente<br />

(Dias e Marques, 1999). Muitas espécies, como a sardinha (Sardinia pilchardus), o<br />

salmonete (Mullus surmuletus), a dourada (Sparus aurata), as tainhas (Liza aurata,<br />

Mugil cephalus e Chelon labrosus) e o peixe-rei (Atherina boyerii), usam o estuário<br />

como área de crescimento, embora não preferencialmente. O estuário é mais<br />

importante para os peixes marinhos que utilizam o estuário como área de postura,<br />

como a corvina, o cação e o biqueirão. Outros peixes utilizam o estuário apenas como<br />

área de viveiro (nursery) preferencial, como o linguado-legítimo (Solea solea), o<br />

linguado do senegal (Solea senegalensis), o robalo (Dicentrarchus labrax), a faneca<br />

(Trisopterus luscus), a cabra-cabaço (Trigla lucerna), o laibeque-dos-cinco-barbilhos<br />

(Ciliata mustela) e a solha ou patruça (Platichthys flesus).<br />

Em relação aos locais de nursery a zona de montante do estuário (Mar-da-Palha até<br />

Vila Franca de Xira) possui um papel importante (ver carta [15], vegetação e biótopos).<br />

Estudos realizados em 1978-80 e 1994-96 (Costa e Cabral, 1999) mostram um<br />

decréscimo na abundância de muitas espécies que utilizam o estuário como “nursery”,<br />

nomeadamente da faneca, o laibeque-dos-cinco-barbilhos, o ruivo e a solha. Apenas o<br />

linguado e o robalo mantêm a importância no estuário, apesar de apresentarem um<br />

padrão de abundância irregular, conforme se representa na Figura 1.3.1 e Figura<br />

1.3.2. O decréscimo verificado na maioria das espécies foi associado pelos autores à<br />

poluição das águas estuarinas. De notar que as espécies que viram diminuir os seus<br />

efectivos estuarinos têm hábitos demersais, alimentando-se de crustáceos, enquanto<br />

que o robalo e as solhas são bênticos com alimentação mais variada.<br />

38<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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